terça-feira, 2 de agosto de 2016

Sangue quente, desejos ferverosos, atitudes pensadas que parecem não o ser.
Cansada de ter um turbilhão a pairar em mim. Cansada dos joguinhos da mente e do sentimento. Cansada.

Cansada destas marés de negações. Cansada destas água turvas. Cansada de querer estar á tona e não conseguir. Cansada.

Apenas isso: cansaço.

Queria ar puro para respirar. Queria que estas marés levassem tudo o que quisessem, por mim. Queria não ter de tomar decisões. Queria. E quero.

Quero ser eu e não ter de fingir nada. Quero perder a cabeça e dar voz ao coração. Quero, acima de tudo, que ambos estejam em sintonia: esta cabeça de ar pouco próprio e este coração de marés turvas.

Quero, mas estou cansada. Cansada para querer seja o que for. Cansada destas contradições sem lógicas nem porquês.

Deixar-me levar. Esperar que o tempo traga respostas e descanso para tudo o que me vai na alma. Esperar.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Tenho as mãos a tremer. Quase não consigo respirar.
Sinto-me cheia de vida e quase a desfalecer. Não tenho respostas ás perguntas da minha vida.
Cabeça em água, sentimentos contraditórios, falta de reações aos entraves postos pelo tempo.
Foda-se o tempo. Foda-se os entraves da vida. Foda-se o coração sem razão.
E dou por mim apática neste mundo. De lágrima no canto do olho, de forma inconsciente, sentida.
Quero tanta coisa e quero tanto o nada.
Como é possivel fazeres-me tão bem e tão mal?
Sinto-me perdida, mas tão encontrada em ti, por ti.
Feres-me e és a minha cura.
Proteges-me e sinto-me tão insegura.
Vamos lá aguardar pela porcaria do tempo. Foda-se!