quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Força!

Hoje tive numa missa. Um funeral da avó de uma amiga. Deu-me para sentir, pensar, e sentir e pensar em conjunto.
Eu, eu que nunca adorei (nem de perto, nem de longe) ir a igrejas e muito menos a missas, hoje senti-me triste, pelo sofrimento dela e por toda a melancolia, mas senti-me com capacidade de reflexão. Ouvi palavras sábias. Disseram nas rezas que por vezes há atalhos, que seguimos, que nos desviam dos nossos bons e correctos caminhos, ou que nos atrasam em objectivos que temos traçados na vida.
Disseram, também, que (o que mais me ficou no ouvido!) as únicas palavras que nos confortam são aquelas que nos dão certezas.

Minha querida, é certo que é triste, que é duro perder alguém que se ama tanto. Já perdi a minha de certo modo, pela distancia e, tenho muito medo de passar pelo que passaste hoje. Nestas alturas uma pessoa nunca tem uma palavra acertada para (te) confortar. Sei apenas que, embora uma das pessoas mais importantes da tua vida tenha partido, terás sempre amigos(as) do teu lado, com o apoio que for preciso para te dar. Sei também, que seja onde ela estiver, estará sempre a olhar por ti com a mesma força, com a mesma intensidade, que pensas nela.
Do fundo do coração, espero que tudo melhore o mais rápido possível e, que consigas encontrar forças suficientes para te animares um pouco. (Sei que tens essa força!)


(Daniela, desculpa se não sai mais nada)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Confusões


Desejos intensos. Lágrima confundida no canto do olho.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Fantasias. Devaneios. Um conjunto absurdo de pensamentos. Um conjunto idiota de dias da vida.

Preciso que o meu ontem se reflicta no meu hoje, no meu amanhã!



Preciso-te. Preciso do nosso espaço, preciso do nosso tempo!





Sufoco inexplicável. Falta de ar, falta de ti.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Hoje quero muito. Amanhã quero mais!


Eu hoje sinto-me bem disposta, com vontade de te abraçar, com ansiedades e desejos de te ver.
Hoje sinto-me capaz de mover, quase, meio mundo e de por toda a gente a falar. Bem, com esta ansiedade, sou é capaz de por o meio mundo a ouvir as minhas historias (só as partes de contos de fadas). Esta alegria dá-me para tagarelar até me secar a língua, até me fartar de ouvir, até partilhar toda a felicidade com toda a gente, escrever até que se gastem as letras.
Hoje não é, de facto, um bom dia para ouvir historias tristes, de princesas sem o seu final (ou até inicio ou meio) feliz. Hoje recuso-me a isso. Hoje, faço eu as minhas histórias, sou conselheira de mim mesma, grito de histerismo, de contentamento, choro de alegria e mando os 'papões' embora!
Hoje sinto-me forte, com forças suficientes para mandar todos os males embora. Hoje sinto-me capaz de dar de mim a quem merece, de acarinhar quem mais amo, de correr a meia maratona em t-shirt.
Hoje quero guardar esta (boa) mistura cá dentro, encher-me de sal e frio para a preservar e ter a certeza que, de hoje em diante, nunca me vou sentir menos bem!
Hoje, para me sentir na perfeição, faltas-me tu. Falta poder sentir-te e acarinhar-te.
Amanhã, além de te querer mais do que hoje, quero poder abraçar-te sentidamente!

sábado, 26 de dezembro de 2009

Situações constrangedoras

Chamou-me mamã! Uma, duas, várias vezes!...
Não, não sou tua mamã meu amor, disse eu. Expliquei, repeti explicações e, ao fim de algum tempo, entendeu e parou. Cócegas aqui, cócegas ali. Brincadeiras de pessoas pequeninas com pessoas maiorzinhas.
Aquelas gargalhadas contagiosas que dão gosto não parar de ouvir.
Momentos passados em plena alegria infantil.
'Oh madrinha, leva-me ao colo.'
'Não minha pequena, não sou madrinha. Vá, emprestada, sim??'
'Oh papá, posso dormir com a prima?? Posso??'
Enfim, instintos maternais, mas, sinceramente, acho que não terei jeito para a 'coisa' daqui a uns anos.
Sensações boas mas que atrapalham.

Véspera cheia de vivacidade!

Farta de estar em baixo. Não sou assim. Posso ter vários eu’s dentro de mim mas sou, sobretudo, alegre, vivaça, disposta a tudo na vida. Saudade que pode doer (dói!) mas não mata. Dias que vou vivendo com sorrisos na cara. Pensamento em ti que já não me deixa triste por não estar contigo; deixa-me feliz por saber que te irei ver.
Véspera de natal em harmonia, em consenso com a minha consciência, com boa disposição e muita comida (pecado da gula, um dos meus preferidos juntamente com a preguiça!).
Satisfeita, poucos mas bons! Aconchego familiar, feitura de sonhos, rabanadas, cozedura do bacalhau, das couves, do camarão, do polvo, preparação do peru. Todos juntos á volta da tradicional (que ainda existe) lareira a jogar às cartas. Acções tipicamente tradicionais que dão mais sentido á minha vida, que me dão cor às memorias que espero nunca perder. Aquele cheiro que fica no ar, aquele que sabe a natal e que lembra as vozes confusas e atulhadas dos mais pequenos. Eu, eu própria sou e serei sempre a pequena cá de casa.
A filha mais nova da minha avó, a criança crescida do meu avô, a miúda que é afilhada do meu padrinho e a sobrinha mais velha da minha tia madrinha postiça. A crescida pequena que não se farta de brincar com as miúdas, com os miúdos, com as pessoas grandes. A menina ajuizada, com suposto futuro, que orgulha a família. A menina pacifica que tem de ser mulher dia sim, dia sim. A mulher que quer ser criança hoje e amanhã, por não poder ter sido ontem. A irmã, a amiga da minha mãe. A companheira, a conselheira, a base que, mesmo sem alicerces, ela própria, se ergue a cada dia e tenta acordar com sorriso na cara, tentando contagiar toda a gente.
Queria não ouvir dizer que o natal é quando queremos. Queria sim, que vivêssemos o natal todos os dias. Gosto deste espírito natalício, gosto de poder dar presentes, gosto de ver sorrisos e ouvir risos de satisfação e alegria.
No fundo, bem lá no fundo, de vez em quando (quando me dá na moleirinha!), gosto da vida que vou levando! Tentando abraçar o mundo com as pernas!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Histórias (de) mortais


Caminhos de terra tapados pelo tempo, pegadas no ar, reflectidas por ter os pés bem assentes na vida. Precisar de ser levada a sério, precisar de ser ouvida, precisar de ser conhecida cá dentro, cada olhar, cada riso agoniado, cada gesto!
Pequenos detalhes que fazem toda a diferença. Pequenas palavras que tocam no coração. Pequenos momentos que me alegram os dias. Pequenos gestos teus que completam os meus.
Ideias que me atulham a mente. Pensamentos que me consciencializam a vida. Partes de ti que me enfurecem, outras que me aconchegam em momentos.
Contradições quotidianas.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Porque te adoro, porque te preciso, porque me vais completando, porque és imprescindível.


Eu amo você! ;)

sábado, 19 de dezembro de 2009

Venerando a vida

Planos para o futuro, inconsistentemente desalinhado, mas, que eu, sim eu, quero traçar, tenho imaginado. Contigo meu amor…
Oh! Contigo assim, em brincadeiras subtis que me dão á volta á cabeça, que me fazem rodopiar em nuvens camufladas de cores translúcidas que planam na alma. Sonhar em torno de uma magia inexplicável, viver em torno de sonhos de criança.
Ter os pensamentos ensopados em aventuras do futuro, aventuras que me encaminham a ti, amor. Empatia saudável que se vai vivendo, palavras trocadas que vão fluindo.
Sinto-me bem, sinto-me (quase) completa, (quase) feliz!
Existência venerada.
Love you.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Não, mas sim!

Eu não devia ficar. Não devia ficar nesta ansiedade constante, repugnante que não me larga. Não devia adorar infinitamente, meu amor. Não devia viciar-me em ti.
Não devia colar o meu olhar em ti quando passas, não devia procurar-te no meio da multidão quando não te encontro, não devia, inconscientemente, apelar por ti, não devia necessitar-te tanto assim.
Não amor, não devia. Mas adoro.
Adoro olhar-te incansadamente, adoro conseguir encontrar-te no meio de qualquer vasta multidão e reconhecer-te sem duvidas nenhumas, Adoro pensar em ti, gostar de ti, adoro precisar e poder estar contigo. Não quero.
Não quero deixar de adorar, não quero não conseguir e não, não quero não dever.
Porque cada momento parece único, cada momento é único! De cada vez que te posso tocar, de cada vez que te posso beijar, parece sempre melhor meu amor, é sempre melhor!
Quero.
Quero poder continuar vaidosa com o que sinto, com o que causas em mim. Quero continuar assim, amor, contigo!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Concordei:

Oh god, make me good but not yet.

Sim, isso!
Dia frenético, de passos apressados, com vontade de bater contra as paredes (literalmente). Dia impaciente que teima em passar, que goza, hoje, comigo, que se ri da minha cara sem parar. Voz do dia que me cansa ouvir, olhar que me irrita observar, pessoas no dia que me fazem custar andar.
Motivações desmotivadas, sabor de almas pesadas que me agoiram, urgentemente, sem demoras, que canso de mandar embora, que não param de teimar.
Limites ilimitados, distâncias infinitas que não me deixam tocar, que não me deixam descansar em conforto acarinhado, assim, quieta do teu lado.
Dilemas que emergem, que me saltam da cabeça para fora, que não param nem uma hora, que saltam e cá permanecem, que me vitimam e desvanecem.
Fado tramado da vida, vida de burro amarrado, golpes profundos invisíveis que se ilimitam a perecíveis. Farta! Chateada com a vida agoirada, cansada de não ser aparada entre as quedas que vou dando, neste jogar de tempo que vai voando.
Versos sem sentido, o mesmo que um mundo perdido que se encontra no meu ser desvairado, a tremer.
Trama da vida consistente, cegueira permanente que faz ganhar tormento em cada momento existente.

Agradecida a paciência.

Something inside me, need you!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Meu Barbudo Gorducho


Espírito natalício e tal...
Oh meu querido pai natal este ano vai ser diferente, não vou fazer listinha, nem vou pedinchar nada (nem coisa pouca). Aquilo que eu poderia querer já me deste, já ando feliz assim. Este ano, bem...este ano quero saber o que queres tu, meu gorducho farfalhudo e companheiro das boas criancinhas. Sim, é isso mesmo, que queres tu no dia em que metes toda a gente, emotivamente, á espera da meia noite para ver o sapatinho na lareira recheado de doces desejos e alegrias?
Tinha pensado num presente versátil, diferente, algo que, com as novas tecnologias, te ajudasse a pôr as prendinhas nos sapatinhos para não teres de descer as chaminés. Compreendo que com esse peso todo e essa barriga danone não deva ser fácil e seja uma canseira. Não é que toda a gente se porte bem durante todo o ano, mas mesmo assim ainda é muito pessoal.
Tinha pensado também, em opção, numas férias no Dubai, mas aquilo anda tudo endividado. Ainda sofrias umas férias cheias de pedinchas e, isso, não seria nada agradável.
Como não sou assim tão idiota, não surgiu muito mais nesta mente despistada. Portanto, vá, faz lá um esforço e diz lá o que gostavas de receber.
Mesmo sendo caro diz lá, acho que consigo fazer aí umas negociações e juntar um pessoal para fazer uma vaquinha!
Aproveita que é uma vez no ano todo! ;)

Abraços redondinhos, meu querido velhote de barbas brancas!

Vamos?

Fantasias espalhadas no ar!
Magia contagiosa de contentamento que nos defronta, risos de criança que nos invadem! Sinto-me feliz, sinto-me pequenina, sem problemas de vida, sem circunstâncias indesejáveis. Sinto-me tua, meu amor.
Sinto que vou querer mais, sinto que me encaixo na perfeição. Sei que, até aqui, foi bom. Sei que é óptimo. Sei que, para mim, está perfeito. O futuro...ninguém sabe o que reserva, mas, eu, sei que quero viver o presente com momentos bons do passado de modo a viver melhor o amanhã.
Quero-te a ti, meu amor. Quero que seja diferente, que seja um dia de possibilidades (azaradas) para muita gente (talvez), mas que, independentemente de tudo o resto, seja um dia de certezas para nós, tal como é para mim , hoje.
Fazes-me falta, fazes-me bem, fazes sentir-me única. Quero-te, preciso-te, adoro-te! Hoje! Amanhã espero melhor (que será se tiver sempre assim um hoje, concerteza!)!

Vamos fugir? :)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Momentos de inspiração que se esvaiam, palavras atiradas ao ar para poder ganhar tempo de ter uma ideia luminosa. Ou duas. Ou várias.
Sinto que a minha cabeça vai implodir se não for de férias, sinto que vou fazer de mim fogo de artificio e andar a foguetear-me pelos ares, sinto que o coração me quer sair pela boca. Dizer meia dúzia de palavrões, acordar de manha rabujenta e não ter disposição para ouvir um mínimo barulho sequer. Enfim, são dias menos bons, com menos vontade de se fazer seja o que for, com vontade de me esticar na cama sem fazer nenhum o dia todo.
Aquele zumbido que não sai do ouvido, aquele zzz irritante a toda a hora que me faz disparatar em qualquer momento inesperado.
Momentos de fastio, de azia, de pura convulsão emocional.
Arreliações normais.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Sinto, preciso, agradeço, quero...

Sinto-me, toda eu, a tremer dos pés á cabeça; sinto as lágrimas a correrem no meu rosto; sinto aquele aperto cá dentro; sinto que não sinto o efeito das palavras que me tentam acalmar!
Preciso da tua mão a passar de vagar na minha cara; preciso que os teus braços me envolvam e me apertem fortemente; preciso da tua atenção e carinho; preciso de ti constantemente, mas com moderação.
Agradeço a preocupação para comigo; agradeço os momentos, que apesar de poucos, me causam arrepios e me marcam, cada um á sua maneira; agradeço a tua existência para mim.
Quero mais; quero mostrar mais de mim sem pressionar; quero ser capaz de te fazer feliz; quero-te!


Sinto que vais conquistando a cada dia que passa;
Preciso de continuar a confiar e ser feliz;
Agradeço que estejas ao meu lado quando preciso;
Quero ter uma daquelas histórias de finais felizes, ou, de preferência, sem finais!

(?!)

Até que me provem o contrário, é assim que continuo a pensar...
Mudam ás vezes, mas hão-de ser sempre os frios que jamais serão incapazes de deixar algo para trás...
Sensatez de cabeça fria (?!)...
Ás vezes (mas sem a ninguém mostrar), mas mesmo muito de vez em quando, gosto de acreditar que não, que há deles sensatos com o coração mais para os lados da boca!

domingo, 6 de dezembro de 2009

A Janela Secreta

Um filme com um atrasado qualquer chamado Mort (só o nome já me causa arrepios). Eu sei que o filme não é assim tão assustador, mas o facto é que me deixou com o coração aos pulos durante o tempo todo, aquele suspense.
Não é que o raio do homem alucinava com um tal de Shooter que, na verdade, era ele mas através do seu inconsciente?! Porra, que confusão naquela cabeça (e depois são as mulheres que complicam tudo...a verdade é que duplas personalidades, normalmente, são interpretadas por homens. Quer dizer algo, não?).
Enfim, além desse medo todo, ainda me veio uma ou outra lágrimazita ao olho no fim do filme. Casado durante dez anos, deixa de ligar puto á mulher e, depois, não quer que ela o deixe. Ele há cada coisa!
Não contente com a sua vida de escritor, que só deu valor á mulher no fim de a perder (por culpa dele), ainda se acha no direito de matar toda a gente (e o cão, pobrezinho, que foi o primeiro a morrer com uma chaves de fendas enfiada na cabeça!).
Pareceu-me a mim que o extraviado devia ter alguma paranóia com chapéus, chaves de fendas e machados (além das folhinhas com as suas histórias), mas adiante: Mata o cão (enterra-o no jardim), incendeia uma casa, mata um policia e um vizinho (manda-os de carro para o mar) e, ainda, mata a mulher (quase ex, e, enterra-a também no seu jardim). Que simpatia!
No meio disto tudo, quando está na sua sobriedade conhecida (a única que se lembra constantemente, sim, porque a outra só se lembra antes de matar a mulher), ainda faz queixa á policia. Ah valente!
Não gostei, não é justo! "A morte da mulher, Amy, continua a ser um mistério...mesmo para o sonso do homem." No fim de enterrada, o mais giro é que dá milho para o maluco comer.
Tudo bem que o homem até agrada as vistinhas, mas sou eu que ando sensível demais, ou isto é mesmo de pôr os nervos em franja a cada um?!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Clareza (im)possível?


Sentada, no sofá tão grande e tão vazio. Olho para o relógio, espero, desespero. Mais um suspiro para mim própria. Pensamento em ti. Será que está tudo bem? Será que voltas, sendo o mesmo? Será, será, será?
Mil e uma perguntas que vagueiam no ar. Sinto-me inquieta. Querer-te, saber que não te posso ter, ouvir boatos oriundos do nada, do fundo do (in)consciente e, ainda assim, passar o tempo sossegada á tua espera.
Aquela sensação de bem estar, mesmo que não estejas perto, aquele frio no estômago que acalma quando sei que sou, que és, leal.
Anseio a tua vinda, anseio acordar contigo já do meu lado; um braço em meu redor, um calor confortante que me aquece, não só o corpo, mas a alma.
Não me mexo, nem um bocadinho só. Quero fazer do momento a eternidade. Quero fazer do sorriso, o espelho da alma. Quero poder ter-te assim sempre. Quero poder olhar-te de tão perto. Quero poder acarinhar-te sem medos, sempre que a vontade em mim se desperta. Quero-te. Quero poder dizer o quanto importas. Quero que o saibas. Quero que seja recíproco.
Quero conseguir viver sempre assim, deste modo, com estes calafrios sóbrios que me invadem. Quero que o peso dos meus medos e inseguranças seja ínfimo neste enredo de companheirismo, de combinações que, quando conjugadas, se tornam perfeitas.
Queria, de maneiras fortes e seguras, sem segundas interpretações, conseguir não me repetir, de dizer claramente o que me vai no peito, fazer-te, a ti meu consciente do meu sentido ser, perceber quanto me mudas, quanto me tornas mais eu, mais...real!

Porque achei graça:)








Acabei de me perder nas incertezas do meu ser. Outra vez. Mais uma vez. Rotina constante em mim. Hábitos. Ganham-se e (quase) nunca se perdem. Alvejada. Encostada á parede. Vida que não deixa voltar atrás. Vida. Palavras. Momentos. Eu. Saudades. Vastidão. Companhia. Perder-me em ti.

Palavras soltas que, para mim, fazem todo o sentido. São, neste momento, as minhas certezas.


Preciso-te, quero-te, gosto-te. Smile to life and walk.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Rumo da História

Sigo as tuas pegadas discretamente. Sigo-te por entre sombras confusas, por entre pegadas pouco notáveis, por entre olhares disfarçados, ás vezes, sem dares bem conta.
Visto-me de contentamento, penso em cores doces que me adoçam a alma. Saio para fora do meu inconsciente e, por entre memórias quase perdidas, mostro o outro lado de mim. Salto, pulo de felicidade, aquela recôndita dentro de mim. De mim fazem força, mas, eu mesma, hoje, sinto-me frágil.
Olho minuciosamente em minha volta e cravo em mim cada gesto, cada palavra, cada pensamento que vou adivinhando em ti. Cada sorriso, cada gesto de companheirismo teu, sinto-me mais feliz.
Pego em todas essas observações, junto-as como se peças de puzzles fossem, vou-me completando aos poucos, a cada dia que passa.
Sinto-me eu, sinto-me em mim. Sinto que, apesar de frágil, me vou tornando útil com um qb de imprescendibilidade.
Sinto-me crescer, sinto-me melhor pessoa, mais humana, mais consciente do mundo e, sobretudo, do meu inconsciente ser capaz de mudar o rumo ás histórias, porque, a história que vou vivendo, sou eu que a crio.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Vem, vem dançar comigo :)

Bailado de cores, de emoções, de alegrias e tristezas.
Bailado que é a vida, voltas que nos dá á cabeça, enjoos intermináveis que fazemos questão de causar, fazemos questão de não parar de ter. Quero dançar a noite toda, o dia seguinte do inicio ao fim, sempre sem parar, num rodopiar que não enjoa, feliz. Rebolar num jardim de flores, num manto verde e suave de sensações.
Não quero a cor preta, não quero o vento forte, não quero ouvir ninguém falar, não quero pessoas á volta (elas são más, hipócritas de algum modo em alguma ocasião).
Quero respirar ar puro, ouvir a minha respiração apenas. Talvez seja egocêntrica, esta maneira de ser. Talvez precise um pouco de mim, de me reconhecer.
Gostar de mim para gostar dos outros; preocupar-me comigo, cuidar de mim, para me preocupar com os outros. Agora penso assim, as pessoas fazem pensar assim.
Quero que dancem comigo, que vivam comigo, que tenho o seu tempo para elas e, depois, comigo.
Quero uma vida de aconchego das pessoas que me marcam, que me importam. Calor, carinho humano. Preciso de lés a lés.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ele há cada coisa...

Há respostas que nunca esperamos ouvir, há perguntas que rezamos para não responder, há situações que fazemos por esquecer e há pessoas, palavras, momentos, sussurros que simplesmente não queremos perder neste mundo bruto, macabro e com tantos maus momentos, que por serem tantos, já se tornam normais.
A vida dá-nos cada coisa...ás vezes uma porta aberta com pedras á frente, com buracos onde caímos constantemente; outras vezes dá-nos um caminho livre, limpo, sem obstáculos e, logo a seguir, um chuto no cu para aprendermos a lutar.
Até pode ser uma forma grotesca de fazer valer o meu ponto de vista, mas acho que é assim - lutar pelo que queremos, para o merecer.
Na maioria dos dias, sim, gosto de ver tudo cor de rosa, de passear e imaginar que não há problemas, de rir, de pensar que conseguimos ter um caminho limpo pela frente sem receber um pontapé no rabo (ou seja onde for). Mas, há aqueles dias, em que assento os pés na terra, e sei que não há caminhos sem pedras nem nódoas negras nas pernas das quedas que damos, não há aquela paixão devida quando não nos esforçamos para termos o que queremos, não há um objectivo conseguido sem dores de cabeça e de barriga pelo meio.
Mas quem ensinou aos pais que nos devem ler historias de encantar quando somos pequeninos? Daquelas que têm sempre um final feliz...isso é mentira, uma farsa.
Queria sim, agora, receber um aconchego ao deitar-me no meio dos meus tons verdes e laranjas, no meu refugio, e ouvir dizer que quando for suficientemente grande vou ter um castelo, um príncipe e viver feliz para...sempre não, o mundo anda feio, mas sim o suficiente para aprender a ser humana. Basta-me.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Vou crescer! E depois?!

Ideias Fixas

Sempre as tive!
Lembro-me de ser pequenina e as pessoas crescidas perguntarem o que queria eu ser; lembro-me de responder sempre o mesmo quando ouvia os amiguinhos a darem respostas diferentes a cada dia que passava; lembro-me de me dizerem "muito bem sandrinha, mas tens a certeza? é mesmo isso que queres? não queres ser médica para ajudar o pai e a mão quando forem velhinhos?"; lembro-me da minha inocência, perante tanta pergunta seguida sem espaço para respostas, e dizer "eu gosto é de fazer contas, gosto da matemática, a professora diz que sou boa lá nas aulinhas"; lembro-me também de esperar por respostas recíprocas e não as ter.
Eu tina tanta certeza..."eu quando for grande vou ser professora de matemática", pensava eu.
Fui crescendo, fui aprendendo, fui ganhando novas experiências e, ainda assim, preferindo sempre a mesma disciplina. Ainda hoje prefiro.
Só lá para o meu décimo ano, seguindo a área das ciências sócio-económicas obviamente consciente do que queria, é que mudei de opinião - ser economista é que é bom, dizem que se ganha bem, que se vive bem, que é fácil.
Melhores notas sempre ao mesmo, maior empenho também.
Agora, gestão. Gestão da empresa, uma espécie de economia a níveis mais práticos (nunca gostei muito de teoria diga-se de passagem).
Dou por mim sentada em salas enormes e cheias de gente (dependendo da disciplina ser mais chata ou não...ou dependendo mesmo de alguns professores, mas isso é outro tema); passam mil e um pensamentos, talvez alguns mais, pela cabeça e não sei se é o que quero; sei que gosto, sei que é onde me safo melhor; não sei porque tenho de decidir agora o meu futuro, pensando nos meus futuros belos 40 anos; não sei, em alguns dias, se estou preparada.
Com tantas certezas desde sempre, desde que praticamente me conheço, porque me sinto duvidosa agora? Serei apenas eu?
Perguntas retóricas ás quais nem procuro resposta. O tempo dirá.