domingo, 20 de junho de 2010

Falésia dos erros da vida

Olhos na falésia do abismo. Abismo sobre a procura de quem espero. Navegação em águas de gosto salgado, ondas inéditas que vão de encontro á falésia. Água salgada que me escorre dos olhos quando penso que desistes. Desistência da vida, da sombra do que és. Sombra que me encoraja no caminho da vida. Protecção por ela, a qual me apetece agarrar mas me limito a ver. E penso "Permanece comigo. Acho que vou morrer de saudades.". Passo atrás e meia volta para seguir em frente. Olho para o caminho já percorrido e penso na correcção de erros passados. Melhoria de vida ao teu lado. Planos futuros sobre o olhar do passado e alegria do presente. Ser que me fascina. Vida que sonho. Ser que és e vida na qual me fazes pensar contigo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

E soltando-me...

Sentada relembro cada segundo de espera. Toque suave que acompanha o meu ser, maneiras de viver a vida. Palavras soltas ao embalar do vento, que ecoam como que a entrarem pelos meus ouvidos. Palavras que cheiram a estalactites cristalizadas que vão reflectindo a tua imagem, emitindo-a para cima! Hologramas pintados de fresco como que se fosse para não se mais apagarem.
Cheiro teu, toque teu, voz ecoada tua, imagem tua, coração meu que é teu! Tudo como que se numa gruta escura tivesse, porque é no vazio que tudo se solta para fora de nós!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Inseguranças

Toda a gente as sente. Todo o mundo as vive. E há dias assim, até para pessoas que pensam não (mais) as sentir. São medos da vida, medos de amar, medos de errar e, sobretudo, medo de não tentar. Não é que não se saiba o que se quer. Não é que não se deseje o que se tem. Se calhar não. Talvez seja por saber o que quero, quem quero, como quero. Talvez seja por desejar cada vez mais o que vou tendo. Cada momento, cada sorriso, cada palavra, cada gesto, cada segundo de ti. Medo de perder, medo de ser de menos, menos de não chegar e não ter coragem de falar.
Porque me tenho sentido segura. Porque tenho medo que isso acabe. Porque tenho medo de não mais sentir como só tu rejuvenesceste o que há de alegremente apaixonante em mim. Porque não sei como descrever quão importante és, quanto vou mudando, com medo de repetições indesejadas.
Apenas porque me fazes oscilar entre nuvens, sem prosa constante, sem versos certos de cada dia que vai passando. Apenas porque conseguiste revelar a incógnita que pensava enterrada.

domingo, 13 de junho de 2010

Mundanças de sorrisos nas almas de alguém!

Mudanças na vida que nos tornam os dias cada vez menos subtis, a alma cada vez menos discreta, o sorriso cada vez menos pequeno. Pessoas no mundo que se tornam cada vez mais indispensáveis, cada vez mais donos da nossa alma, cada vez mais detentores do nosso sorriso, cada vez mais nossas. Palavras que se vão tornando inúteis, que vão perdendo valor, que não atingem o que sente a alma, que não expressam bem o sorriso da vida, que se vão tornando marca de água perante a cor que nos provocam as pessoas.
E queria...quero...quero conseguir ser sempre eu, sem afundanços devido a mudanças, pessoas, ou palavras. Quero saber viver e aprender a lidar com as incógnitas da vida, com as pessoas que, ás vezes, já não esperamos conhecer, com as palavras que doem, ou que nos tornam mais fortes.
Mantendo-me ponderada, quero ser a menina pequena, metro e meio talvez, trança em cabelo encaracolado, castanho escuro, que vai até debaixo dos ombros, a menina com os grandes olhos castanhos, cheios de vida e curiosidade por ela, t-shirt e calções, roupa prática para conseguir correr o seu meio mundo enquanto ri, para ir á descoberta do que cada canto da sua terra lhe reserva, para, melhor que ninguém, ser dona de todo aquele espaço (que agora sente falta), dona de todo o conhecimento que a terra lhe pode dar. Querer manter-me o orgulho dos pais, das pessoas crescidas, ser a pequenina da gente da sua terra, ouvir a contemplação que, por vezes, tinha direito e, até mesmo, as repreensões. Saudades. Tempos em que me lembro tão bem...passear em ruas grandes e desconhecidas, dar cada mão a cada um dos crescidos ao meu lado, fazer contagem crescente até três e, de um momento para o outro, mudar a maneira como andava, saltar o "upa-la" e, conseguir com simplesmente um gesto infantil, alegrar a alma das pessoas, fazendo-as (e a mim) sorrir!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Porque és vida! Porque és aquela pessoa que esperamos e que, um dia, aparece vindo do nada, alegrar os restos dos nossos dias. Porque és especial, diferente, insubstituível e sem nada por que te possa trocar. Porque és o frio que me esfria em dias quentes, o calor que me aquece quando me sinto petrificada. Porque, sem eu querer, vais ocupando um espaço cada vez maior em mim, vais fazendo falta em cada vez mais momentos!
Porque me fazes bem, me fazes sentir única e feliz. Porque só tenho a agradecer cada momento. Fá-lo-ei. Quando me sentir apta para parar de sorrir e conseguir falar.