domingo, 13 de junho de 2010

Mundanças de sorrisos nas almas de alguém!

Mudanças na vida que nos tornam os dias cada vez menos subtis, a alma cada vez menos discreta, o sorriso cada vez menos pequeno. Pessoas no mundo que se tornam cada vez mais indispensáveis, cada vez mais donos da nossa alma, cada vez mais detentores do nosso sorriso, cada vez mais nossas. Palavras que se vão tornando inúteis, que vão perdendo valor, que não atingem o que sente a alma, que não expressam bem o sorriso da vida, que se vão tornando marca de água perante a cor que nos provocam as pessoas.
E queria...quero...quero conseguir ser sempre eu, sem afundanços devido a mudanças, pessoas, ou palavras. Quero saber viver e aprender a lidar com as incógnitas da vida, com as pessoas que, ás vezes, já não esperamos conhecer, com as palavras que doem, ou que nos tornam mais fortes.
Mantendo-me ponderada, quero ser a menina pequena, metro e meio talvez, trança em cabelo encaracolado, castanho escuro, que vai até debaixo dos ombros, a menina com os grandes olhos castanhos, cheios de vida e curiosidade por ela, t-shirt e calções, roupa prática para conseguir correr o seu meio mundo enquanto ri, para ir á descoberta do que cada canto da sua terra lhe reserva, para, melhor que ninguém, ser dona de todo aquele espaço (que agora sente falta), dona de todo o conhecimento que a terra lhe pode dar. Querer manter-me o orgulho dos pais, das pessoas crescidas, ser a pequenina da gente da sua terra, ouvir a contemplação que, por vezes, tinha direito e, até mesmo, as repreensões. Saudades. Tempos em que me lembro tão bem...passear em ruas grandes e desconhecidas, dar cada mão a cada um dos crescidos ao meu lado, fazer contagem crescente até três e, de um momento para o outro, mudar a maneira como andava, saltar o "upa-la" e, conseguir com simplesmente um gesto infantil, alegrar a alma das pessoas, fazendo-as (e a mim) sorrir!

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