quarta-feira, 17 de março de 2010

É tipo assim!

Tipo isto, tipo aquilo, tipo assim e tipo de outra forma. Tipos indecentes, tipos altamente, tipos daqueles que se dispensam e tipos daqueles que se procuram. Tipos desaparecidos ou tipos fugitivos.
Farta desse tipo de tipos.
Tipos, tipinhos e tiparrões. Quero é um tipo decente, um tipo altamente, que não vai embora, que permanece durante aquele tipo de horas que precisamos que fique. Quero é um tipo inexistente, daqueles que todas as tipas procuram e que nenhuma encontra.
Oh! Farta deste tipo de vida que levo, deste tipo de solidão que vivo, deste tipo de alegria incompleta.
Quero uma vida e um tipo que sejam tipo...tipo aquilo que eu quero!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Coisas

Dizem que as coisas vulgares da vida não deixam saudades. Eu digo o contrário. São as coisas mais vulgares da vida que me marcam na alma, que me tornam quem sou hoje, que são únicas e especiais para mim. Momentos de risos banais, de pessoas normais, de ideias comuns e partilhadas. É tudo isso que fica na memória, na história que relembraremos. São os dias vulgares mais bem passados da minha vida. Ás vezes (muitas!) sinto-me insatisfeita. Mas, hoje sinto-me grata. Estou tão bem. Não sinto a água da chuva nos pés, nem em dias tempestuosos. Não sinto buracos no estômago por nenhum instante. Posso sentir-me sozinha, mas sei que tenho sempre as pessoas normais do mundo do meu lado. Coisas normais e vulgares no mundo, mas únicas e as melhores na minha vida. São elas que me fazem sorrir. Fazem o meu tempo parecer melhor. Fazem-me mudar. Fazem crescer a pequena mulherzinha que há em mim. Não me tratam como outrora. Conhecem-me e sabem que são os responsáveis pela minha diferença. Respeitam-me. Brilham-lhes os olhos em momentos mútuos comigo. Coisas. Pessoas. Vulgaridade. Qualquer coisa para o mundo. A coisa para mim. As coisas que formam o meu mundo.

terça-feira, 9 de março de 2010

Por ti,

fui guardando a minha alma como se enlatada pudesse ser.
Fui-me cuidando, fui-me reservando nos momentos mais prósperos, fui-me controlando nos momentos mais quentes, nos momentos mais indevidos.
Guardei, sem explicação, imagens na mente, momentos no coração, memórias que deveriam ser esquecidas e apagadas do domínio do meu ser. Guardei sentimentos que nunca soubeste retribuir. Guardei muita coisa e muito em mim, por ti. Mas fartei. Toda a gente farta. Acabaram-se as forças de fazer por repartir e por agradar. Acabaram-se os limites ilimitados que eu fazia por existirem. Acabou-se outra coisa qualquer feita de coração, feita de bom modo. E não tenho explicações. Não quero ter. Se as tiver, não as vou dar. Acabou. Ponto final. Parágrafo.
Vou renascer, vou desenhar no céu o meu nome e esperar que alguma nuvem o dê a conhecer. Vou sussurrar á lua os meus segredos mais profundos e esperar que as estrelas estejam prontas para me acolher quando quiser fugir daqui. Vou atirar flores ao mar e esperar que as ondas me tragam outras retribuídas de volta.
Vou fazer por ir mais além. Achei que me vendo em ti ia encontrar explicações para a vida. Enganei-me. Vou guardar o meu jeito e não mais me mostrar.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher

Hoje é um dos meus dias. Sim, porque eu tenho muitos!
Ando sem grandes vontades de escrever, mas como é óbvio, estes dias não se podem deixar passar.
E lá porque há dias menos bons na vida, ou dias que correm menos bem, devemos e temos de andar de sorriso na cara (mesmo que seja por engano).
Bola para a frente!

sábado, 6 de março de 2010

Desejos demorados em momentos nem sequer decorridos. Desinteresses momentâneos devido á imbecilidade humana. Nem sei bem como descrever, nem sei bem se deva descrever. Imundices, idiotices da vida que fazem ver que nunca aprendemos de vez!
Bater com a cabeça nunca é demais.
Sinergias bifurcadas.

terça-feira, 2 de março de 2010

Vozes Silenciadas

Estou paralela ao chão. Apetece-me bater com o nariz nas calçadas das ruas da vida que vivo. Apetece-me gritar ao mundo e dizer que não estou satisfeita. Quero mais. Quero saber o quero. Quero querer algo certo sem incertezas. Absoluta sem relatividades. Sorriso sem sarcasmos. Olhar sem mágoa nem brilho molhado. Mão firme sem tremer. Pés assentes sem enlamear o que os rodeia. Voz com certeza ,sem hesitações. Estrelas sem tremeluzirem. Quero. Apetece-me. Aliás; Gostava de voar. De experimentar. Tentar. Mundos novos. Mundos dos sonhos. Pessoas que acreditam nos sonhos. Pessoas sinceras que não têm medo de partilhar fantasias. Pessoas crédulas. Sinto falta. Falta de um mundo adequado a mim. Falta de um beijo em conjugação a um abraço apertado. Sentimentos. Acho que já (quase) ninguém sabe o que isso é. As pessoas esquecem-se de sentir. Esquecem-se de mostrar. Esquecem-se de sonhar. Esquecem-se de lutar. Esquecem as coisas mais bonitas que a vida pode dar. Não quero esquecer. Não quero perder a liberdade emocional e de sonhar que as crianças pequeninas (já nem todas) têm. Eu tenho. Tenho muito pela frente. Tenho mundos a meus pés. Eu sei! Eu consigo. Não vou calar.

Só não consigo o que não quiser, eu sei!