sábado, 27 de novembro de 2010

Coração partido, alma quebrada, corpo adormecido. E fico horas congelada, parada no tempo, no espaço, sem interesses nem motivações. Não quero falar, mexer, comer, dormir, nada! Queria apenas um aconchego, alguma certeza, alguma coisa que me fizesse chorar. Única reacção possível que poderia ter. Não estava, não me sinto preparada para mais um momento. Sinto-me não correspondida por qualquer esforço na vida. Um dia vou mandar a merda da vida a algum sitio menos bonito que o meu mundo, muito menos bonito!

domingo, 14 de novembro de 2010

Biópsia "ao sentimento"

Hoje li que "decifrar o envolvimento é fazer a autópsia ao sentimento". E lá fui eu fazer uma análise introspectiva, lá fui eu redescobrir que apenas posso fazer biopsia, que o envolvimento está são, está vivo e avivado. E vivo bem assim, sem grandes apetites de escrever (este aumenta sobretudo em más fases, fases nostálgicas, fases inseguras). Só porque quero recordar bons momentos, marco em escrita, se um dia puder vir a esquecer na alma. Mesmo sendo contigo que me vejo num depois. Porque me vejo em algo saudável, numa fase feliz da vida, numa época em que me sinto sobriamente consciente do bom que tenho, do que me rodeia. E porque me arrepio de alegria ao pensar que possa ter encontrado a parte boa da vida tão cedo (para alguns). Porque não me arrependo de nada do que já fiz até agora. Porque nunca durou tanto tempo tão bom. Tenho luz, tenho vida, tenho a vontade de querer continuar a amar sóbria, doseada e felizmente.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Vou sentir a tua falta!
Vou sentir falta do teu toque, vou sentir falta de momentos, vou sentir medo da distância. Já sinto. Acho até, que já sinto falta de dormir de pés quentinhos.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Não sei se tenho saudades de aqui voltar. Pode ser só necessidade. Pode, até, ser só um vicio que por muito que tente fazer parar, não consiga. Lembro-me de pessoas e de momentos. Lembro-me de dias e de sentimentos. Lembro-me do toque da tua mão. Lembro-me de cada castelo em cima de nuvens que, com o tempo, deitei abaixo. Lembro-me de cada pedaço meu que pensei perder, mas que reconquistei. Lembro-me de tanta coisa; e tanta coisa me faz falta; tanto me fascina. Tantos enigmas que continuo á espera de ver resolvidos pelo tempo, de ver solucionados com a vida. Acho que tenho crescido. Acho que me tenho tornado mais mulher e mais humana. Acho que fiquei um pouquinho maior. Orgulho-me disso. Arrependo-me de momentos maus, de dias péssimos e de sentimentos vis. Mas agradeço a existência de cada um deles que me tornou maior, um bocado.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Emancipator - Anthem (música)

Desejo súbito de mudar o mundo. Vontade súbita de mudar o rumo da vida. Paz que me invade a alma, serenidade que me acalma o ser. Transcendência de sensações que voam para lá do inexplicável. Força nas pernas para correr. Querer ir-te buscar para te ter aqui. Sentir a tua falta. Falta do teu abraço de pai. Falta da tua voz máscula que me impõe sonhos. Falta da tua força e garra para não desistir de lutar na vida. Seguimento de momentos emocionantes por não te ter. Quero agarrar no teu braço forte e poder deitar-me no teu peito. Quero poder adormecer ao teu lado e ser levada no colo para a cama. Quero ser aconchegada no início de cada noite. Quero sentir-te na minha vida até ao fim dos meus dias, acordada.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Dedicação

a 100% a mim mesma!
Dura como aço, fria como gelo e decidida sem sinais de stop.

sábado, 10 de julho de 2010

Recordações revividas

Há palavras que não são escritas ou ditas para se entenderem. Apenas saem cá para fora para aliviar a consciência e não causar o arrependimento de não-ter-dito-ou-não-ter-feito. Acho que é nisso que me vou debruçando. Vou enchendo linhas com palavras atiradas ao ar, vou aliviando a consciência ao deitar todas as mágoas para serem levadas pelo vento, vou partilhando as minhas alegrias e fantasias quando ninguém está para me ouvir e, não me arrependo assim do que não digo. Digo tudo, escrevo tudo, memorizo tudo. E sinto-me satisfeita mesmo que ninguém perceba nada do que está escrito. Eu sei. Cada linha, cada frase, simbologia de pensamentos ou momentos vividos que recordo com todo o fervor. Cheiros que me assaltam o olfacto, gostos que ora me adoçam, ora me amargam a boca, vozes que ecoam nos ouvidos, imagens que me invadem a mente. Recordações revividas que me tornam feliz por não me esquecer nunca delas.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

E brilhámos os dois!

Porque já construímos o nosso próprio castelo. Sim, nosso! Porque o mundo onde se encontra, apenas a nós pertence. Apenas nós sabemos como orientá-lo, como viver nele. É lá que me podes encontrar, quando menos souberes de mim, quando mais desesperares por estar comigo sem saber o que de mim é feito. É lá que sei que também estarás quando te quiser encontrar. Porque é o nosso espaço, parte da nossa vida. E mesmo que ninguém entenda, não te preocupes. Eu estarei lá á tua espera, conhecendo-te melhor que ninguém, para te levar comigo, em direcção á lua. Porque quero apenas o nosso momento, sem ninguém perturbar. E aí, podemos tirar os pés do chão sem cair no abismo. Sei que posso viver sem mágoa nem feridas. Sei que posso viver mais para mim, mais para ti. Para nós. E a meio da noite, a meio do dia, a qualquer hora, em qualquer segundo, estarei lá, á espera que descubras mais um pedaço de mim. Mais um pedaço da palma da tua mão. E já poderei descansar, já poderei voltar a este mundo por momentos, a este mundo em que ninguém se entende. Mas voltarei sempre, sempre por ti, sempre para ti, querido. Mundo que não dispensarei nunca, pois é o espaço que criámos juntos, na nossa mente comum, na nossa alma partilhada.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Rendida ao meu (confortável) sofá.

Domingo á noite, cruzo as pernas, sentada no sofá. Apetece-me dizer que vou embora, apetece mesmo ir. Ir ver o mundo lá fora com olhos escuros. Então chamo o teu nome sem hesitar. Só vou se me acompanhares, se não me deixares sozinha lá fora, onde não são apenas os meus olhos que são escuros, onde está frio de qualquer maneira se não me deres a mão. Mas estás fora. Estou sozinha e não te tenho do meu lado. E procuro então razões para não continuar de olhar fixo no vazio com pernas cruzadas e mão a segurar a cabeça. Quero ser a única, reciprocamente. Quero unidade de dois num só. Quero o teu cheiro e a tua voz, o teu toque e o teu mimo. Caso contrário, está dito, rendo-me aos encantos deste meu querido sofá, enquanto a fadinha-ou-seja-o-que-for-que-faça-o-que-quero te traga a mim. Vou continuar então sem fazer nenhum. Amanhã vingo-me nos saldos! Ai vingo, vingo! Sim, porque hoje domina-me a preguiça (mesmo que as lojas - e os seus belos saldos enganadores de mulheres - estivessem abertas).



Está mais que visto, não é minha cara de bolacha apetitosa? (Isto de ser gozado não dá com nada, eu sei, mas não consigo evitar. É mais forte que eu, querido. Não resisto - nem a ti -, sabes bem.)

domingo, 20 de junho de 2010

Falésia dos erros da vida

Olhos na falésia do abismo. Abismo sobre a procura de quem espero. Navegação em águas de gosto salgado, ondas inéditas que vão de encontro á falésia. Água salgada que me escorre dos olhos quando penso que desistes. Desistência da vida, da sombra do que és. Sombra que me encoraja no caminho da vida. Protecção por ela, a qual me apetece agarrar mas me limito a ver. E penso "Permanece comigo. Acho que vou morrer de saudades.". Passo atrás e meia volta para seguir em frente. Olho para o caminho já percorrido e penso na correcção de erros passados. Melhoria de vida ao teu lado. Planos futuros sobre o olhar do passado e alegria do presente. Ser que me fascina. Vida que sonho. Ser que és e vida na qual me fazes pensar contigo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

E soltando-me...

Sentada relembro cada segundo de espera. Toque suave que acompanha o meu ser, maneiras de viver a vida. Palavras soltas ao embalar do vento, que ecoam como que a entrarem pelos meus ouvidos. Palavras que cheiram a estalactites cristalizadas que vão reflectindo a tua imagem, emitindo-a para cima! Hologramas pintados de fresco como que se fosse para não se mais apagarem.
Cheiro teu, toque teu, voz ecoada tua, imagem tua, coração meu que é teu! Tudo como que se numa gruta escura tivesse, porque é no vazio que tudo se solta para fora de nós!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Inseguranças

Toda a gente as sente. Todo o mundo as vive. E há dias assim, até para pessoas que pensam não (mais) as sentir. São medos da vida, medos de amar, medos de errar e, sobretudo, medo de não tentar. Não é que não se saiba o que se quer. Não é que não se deseje o que se tem. Se calhar não. Talvez seja por saber o que quero, quem quero, como quero. Talvez seja por desejar cada vez mais o que vou tendo. Cada momento, cada sorriso, cada palavra, cada gesto, cada segundo de ti. Medo de perder, medo de ser de menos, menos de não chegar e não ter coragem de falar.
Porque me tenho sentido segura. Porque tenho medo que isso acabe. Porque tenho medo de não mais sentir como só tu rejuvenesceste o que há de alegremente apaixonante em mim. Porque não sei como descrever quão importante és, quanto vou mudando, com medo de repetições indesejadas.
Apenas porque me fazes oscilar entre nuvens, sem prosa constante, sem versos certos de cada dia que vai passando. Apenas porque conseguiste revelar a incógnita que pensava enterrada.

domingo, 13 de junho de 2010

Mundanças de sorrisos nas almas de alguém!

Mudanças na vida que nos tornam os dias cada vez menos subtis, a alma cada vez menos discreta, o sorriso cada vez menos pequeno. Pessoas no mundo que se tornam cada vez mais indispensáveis, cada vez mais donos da nossa alma, cada vez mais detentores do nosso sorriso, cada vez mais nossas. Palavras que se vão tornando inúteis, que vão perdendo valor, que não atingem o que sente a alma, que não expressam bem o sorriso da vida, que se vão tornando marca de água perante a cor que nos provocam as pessoas.
E queria...quero...quero conseguir ser sempre eu, sem afundanços devido a mudanças, pessoas, ou palavras. Quero saber viver e aprender a lidar com as incógnitas da vida, com as pessoas que, ás vezes, já não esperamos conhecer, com as palavras que doem, ou que nos tornam mais fortes.
Mantendo-me ponderada, quero ser a menina pequena, metro e meio talvez, trança em cabelo encaracolado, castanho escuro, que vai até debaixo dos ombros, a menina com os grandes olhos castanhos, cheios de vida e curiosidade por ela, t-shirt e calções, roupa prática para conseguir correr o seu meio mundo enquanto ri, para ir á descoberta do que cada canto da sua terra lhe reserva, para, melhor que ninguém, ser dona de todo aquele espaço (que agora sente falta), dona de todo o conhecimento que a terra lhe pode dar. Querer manter-me o orgulho dos pais, das pessoas crescidas, ser a pequenina da gente da sua terra, ouvir a contemplação que, por vezes, tinha direito e, até mesmo, as repreensões. Saudades. Tempos em que me lembro tão bem...passear em ruas grandes e desconhecidas, dar cada mão a cada um dos crescidos ao meu lado, fazer contagem crescente até três e, de um momento para o outro, mudar a maneira como andava, saltar o "upa-la" e, conseguir com simplesmente um gesto infantil, alegrar a alma das pessoas, fazendo-as (e a mim) sorrir!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Porque és vida! Porque és aquela pessoa que esperamos e que, um dia, aparece vindo do nada, alegrar os restos dos nossos dias. Porque és especial, diferente, insubstituível e sem nada por que te possa trocar. Porque és o frio que me esfria em dias quentes, o calor que me aquece quando me sinto petrificada. Porque, sem eu querer, vais ocupando um espaço cada vez maior em mim, vais fazendo falta em cada vez mais momentos!
Porque me fazes bem, me fazes sentir única e feliz. Porque só tenho a agradecer cada momento. Fá-lo-ei. Quando me sentir apta para parar de sorrir e conseguir falar.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Meu...

Meu dia feliz, meu sorriso parvo, meu menino que me sacia, vontade de descrever o meu mundo descontrolado. E porque me sinto bem, porque me sinto flutuante ao teu lado. Vontade de tocar, ter, beijar. Vontade de ser continuamente tua, num misto único de alegria. Sem querer perder esta cara juvenil, sem querer perder estas memórias inesquecíveis, sem querer perder tudo o que me vais dando. Porque és tu o causador deste sorriso, és tu esse menino que me sacia, és tu que me deixas flutuantemente descontrolada, em cima de nuvens de algodão, como que uma fada atoalhada de contos de encantar.
Queria pedir-te tanto, queria dar-te tanto mais. Sonhos de viver, noites de reviver, dias, momentos ao teu lado de não querer perder. E não te quero deixar, não quero que tudo isto me fuja pelas mãos como água que se evapora.






30BC

quinta-feira, 27 de maio de 2010

:D

O que dizer ou escrever quando se tem um sorriso estampado na cara e se está sem palavras?! Apetece-me ficar na incógnita do dia e continuar a sorrir como aconselharam. Ser eu e apenas eu. Não me importar com o que me rodeia. Hoje muitas vezes, se faz favor.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Mantendo-me viva!

Veia lírica que não lê pensamentos, que não sabe o que pensas, que apenas deita cá para fora o que sinto, em palavras. Mostra os meus mais recônditos sorrisos sem graça, os meus olhares que vão decorando movimentos, o aceleramento do meu coração. Palpitações indecifráveis para qualquer outro alguém que não eu. Palavras que se soltam quando já não consigo dormir, quando me junto a mistos de prazer e mágoas da vida, quando me apetece rir, chorar ou gritar. Palavras que te vão substituindo enquanto não chegas. Letras digitadas ao ritmo das minhas pulsações, letras que mostram que ainda estou viva, mesmo quando as forças são mínimas. Letras que me seguram quando quero fugir. Agarrada a um nada para muitos e a um muito que é muito e apenas meu. Um muito que ninguém me pode tirar, um muito que leva os meus tormentos para longe e me mantém cá!

domingo, 23 de maio de 2010

Coisas que eu vi

em ti!
Pensamentos que tive de cabeça e coração. Tempo dedicado a pessoas que, afinal, não valeram o esforço. Fiquei sem ver e o mundo caiu, de uma vez só, sobre o meu chão, sobre o meu mundo de sonhos e alegrias construídas em ti. Determinações do "para sempre" que acabei de construir, não em ti, mas nos meus alicerces da alma. Se o sol não brilhar mais, ou a chuva não se ceder a cair quando as nuvens se juntarem lá em cima, ou mesmo se toda a Terra tremer, eu não me vou importar, não vou dedicar tempo a mudar de ideias. São as mágoas dadas por quem menos se espera que fazem ficar de coração petrificado e, é por isso, que a tal "coisa" que se sente, se perde, ás vezes para sempre, agora eternamente decerto. Já não vou ser eu a mostrar-te o que senti, já não vou falar, calei! Os momentos passaram e levaram-me a crescer. Posso até pensar em ti, querer mostrar-te mais de mim, mas os elos quebraram. Aquelas coisas que (supostamente) sonhámos morreram. Aprende com o coração. Aprende a sentir. É disso que é feita a vida. Parece é que a minha anda a fazer-me sentir da pior maneira e a aprender da forma mais dura e rápida. Mas acabou. Deixei de respirar para ti. Para sempre. Tudo passa e isto não é excepção.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Aventurar-me

em dias cinzentos, em momentos que parecem becos sem saída. Aventuras que alegram os meus dias, pessoas que alegram a minha vida. Dias cinzentos que vão rejuvenescendo cada vez mais cheios de cor. Dias cada vez mais perfeitos! Dias cada vez mais recompensadores! Alegria momentânea que se vai tornando constante. Incógnitas, como que de uma equação, que se vão dissipando. Boas pessoas que...afinal existem! Satisfação constantemente momentânea que dá cor à minha alma!

sábado, 8 de maio de 2010

Sensatez Ingrata

Momentos que me deixam pensativa. Momentos que acontecem e fazem sentir falta. Irreversibilidade desses acontecimentos necessários á vida. Continuação da procura continuamente constante da dita tal pessoa. Desistência simultânea. Palavras soltas que fazem todo o sentido para mim. Para muitos até, acho. Pensamentos que fazem sentido em apenas alguns dias, em alguns momentos. Sensatez que cada vez mais me falta. Pessoas que começo a odiar por me fazerem sentir.


ODEIO!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Preciso

de te abraçar, de ter alguém para amar.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Querido,

descontrolas-me.
E porque fico fora de mim, porque me sinto de luzes fundidas, porque me sinto apática. Branca, rosa, vermelha, azul e esverdeada. Amarela passando no pálida. Porque chamo-te querido ironicamente, claro! Porque me aborreceste a vida. Porque me entristeceste a alma. Porque não me recordo de ganhar nada contigo. Porque só me vejo nos maus momentos. Oh meu amor, acho que perdi tempo. Acho que perdi noção do meu mundo para conseguir olhar para o teu. Acho que a única coisa que obtive foi o arco-íris triste da alma. Completamente irónico...algo tão belo ser tão triste! Borboleta de asas cortadas. Piii...

domingo, 25 de abril de 2010

Sol + Namorado, se faz favor!


Hoje é o dia em que todo o mundo parece falar do bom tempo, das roupas de verão arrumadas no armário á espera de serem usadas, da vontade de ir para a praia. Não devo ser deste planeta. Até gosto (muito!) do verão, mas os dias como hoje aborrecem-me. Saí á rua e constatei que nada de novo tinha para fazer, nenhum sitio diferente para ir, ninguém diferente para tomar um café (ora ocupadas(os) bem longe, ora a namorar, ora sei lá a fazer o que quer que seja). Estou aborrecida. Ainda ontem choveu. E se não fosse a porcariazinha dessa chuva eu hoje tinha ido para a praia, tinha feito algo diferente (como já fiz este ano, uma vez!), com pessoas diferentes, com quem não costumo mas adoro estar, tinha-me distraído de forma mais alegre. Estas mudanças bruscas de tempo enervam-me, irritam-me e fazem-me chegar a uma única conclusão: Namorado precisa-se ("n" grande verifique-se)! Acho que me vou dedicar a colar cartazes para ver se alguém se candidata, ou juntar-me a um movimento qualquer relacionado. São nestes momentos que a saudade de dormir aconchegada por ele, de passear de mão dada, de receber um carinho (esquecendo as partes más, é claro), bate á porta! Quero um namorado decente, porra!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Vou deixar de ver


Novelas! Decidi agora mesmo. A vida já é demasiado difícil de entender para ter de levar com estes episódios, que me conseguem banhar em lágrimas. Não gosto. Não quero mais. Acho que me vou lembrar muito de fazer zapping. E não vai ser por desporto.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Algures, a vida vai-me encontrar.

Algures, algures na vida já fui assim. Deparei-me hoje com a inocência que já tive, com a pureza que quero voltar a ter. Olhos regalados, os mesmos que mostram atenção e interesse em palavras soltas por uma voz mais adulta. Olhos negros, bem abertos, que mostram que aquela carinha de menina é sincera, menina que começa desde já a ouvir e a formar as suas próprias opiniões. Ouvi. Hoje fui eu a ouvir atenciosamente cada palavra daquela menina e a olhar cuidadosamente para cada gesto seu. Sentada ao lado daquele senhor que lhe explicava onde eram os sítios dos quais falavam, ela retribuía e questionava para ficar certa do que o senhor lhe dizia. Testa franzida, meio desconfiada, mas com um ar confiante. Tirei as minhas conclusões ao analisá-la, assim como ela as delas ao analisar cada palavra dita pelo senhor que a acompanhava no banco de autocarro. Acho que nunca gostei tanto de andar de transportes públicos, nem de estar no meio das pessoas que mal sabem falar correctamente, nem pronunciar com dicção. São as mais sábias e as que transmitem mais conhecimento a meninas pequeninas e puras (como eu própria já fui). Quero voltar para a minha aldeiazinha e tirar partido daquela pequena multidão que toda se conhece, que tudo sabem, que toda a atenção me davam por me quererem ensinar o que é a vida. Quero-as, quero as couves, ervilhas, favas e batatas, quero correr no pinhal, quero sujar-me com enxadas e sacholas na horta, quero os meus avós, quero a minha vida inocente e bela de volta. Mas quero também continuar a conhecer todo o tipo de pessoas, cada uma mais diferente da outra. Como o senhor que me acompanha constantemente nas minhas viagens no banco do autocarro: um louco que chega sempre á conclusão, no fim de cada conversa que temos, que este mundo é de loucos, está para os loucos. Apoiado. Esperançada que algures encontre o fim do meu arco-íris e tranquilize no meio de sonhos e de pureza (sem loucos, de preferência).

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ser vida!

E porque sinto maior necessidade de me expressar quando estou mal, quando estou triste. Porque me dá a parecer que quando preciso as pessoas em meu redor estão menos disponíveis, menos predispostas a ouvir. Refugio-me nas únicas formas que tenho. Penso nas palavras que escrevo enquanto ponho de lado os momentos que tenho medo de viver. Momentos que me fazem temer a vida. Momentos esses que fazem doer pela possibilidade remota de me fazerem vir a sofrer. Coração em botão de rosa que se abre e derrama pétalas no teu colo. Lágrimas cristalizadas que me petrificam os olhos e provocam sensações de solidez física, solidez da alma. Precisava desse teu calor. Mas o medo congela-me e não avanço. Tu não avanças. E fico quieta. Não toco, não falo, não mudo nada que não se relacione a mim, somente a mim sem mais ninguém envolvido. Porque as pessoas fazem sofrer. Porque a vida é feita dessas pessoas. E pronto. Quero fugir para a minha estrela, para a minha ilha deserta onde nada me venha á memória e nada me faça cair redonda no chão. Apenas luz, assim como o girassol se encontra para o sol. Luz. Vida. Despreocupação.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Estonteada

é o adjectivo que melhor se adequa a mim. Tenho medo de voltar a amarrar-me. Tenho medo de voltar a ser posta de parte, a favor de qualquer preconceito ou acontecimento passado algum. Tenho medo de me aproximar. Tenho medo de gostar demasiado. Tenho medo de ganhar para depois perder dolorosamente. Tenho medo de ti. Tenho medo de estar ao teu lado e sentir o teu toque, o teu mimo, a tua delicadeza, a tua respiração no meu ouvido. Medos inúteis que são esquecidos quando a estupidez sentimental fala mais alto. Viagem de sentimentos estonteantes que andam como se tivessem numa montanha russa. Tenho muito medo. Não quero amar. Não quero conhecer ninguém que me faça sentir que o coração sai pela boca, que as borboletas andam no estômago fora de órbitra. Não quero. Porque tenho medo. Não me faças agarrar-me. Não te afeiçoes a mim. Não me dês motivos para sorrir. Tenho medo das lágrimas que se seguem e não as quero.


Não me dês a volta à cabeça.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Porquê?

Pergunta conquistada. Pergunta que mais me paira na cabeça, até mesmo na alma, no último mês. Preciso, precisava tanto de ti, de não te recordar, de te sentir, de não te ver mais, de não ter imagens tuas, nossas a invadir a minha mente, de te tocar, de não sentir o que me fazes sentir tão bem, tão mal. Quero, queria tanto que me compreendesses, de te compreender, que não me fizesses juras de amor, não as recordar, esquecer-te para sempre, ou até me lembrares. Fecho a minha porta, e lá estás tu á minha espera, vou dar um passeio á rua, e lá estás tu a seguir-me persistentemente sem te cansares. Vá onde vá, esteja com quem quer que seja, faça o que fizer, diga o que disser, lá estás tu no meu caminho, como uma pedra no sapato, que magoa, que faz doer a cada passo a mais que vou dando, que perturba e me deixa inquieta, que me faz parar e mudar o ritmo da minha vida. Porquê? Porque insistes em ser o baloiço que me faz ficar zonza, que me faz sonhar tão alto e cair tão depressa de novo á terra? Porque insistes em ser a minha pedra no sapato? Porque insistes em ser a única corda que tenho por onde descer e que, ainda assim, quebra? Porque não sais do meu caminho, da minha vida, para não mais te recordar? Porque me fazes ter, em permanência, borboletas no estômago? Porque é que não me retribuis, já que insistes em não me deixar partir para outra? Porquê?
Vai embora meu bem, vai. Mas não decidas voltar quando caíres no esquecimento da minha alma.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Por me sentir bem a escrever

Estou aqui, sentada em frente ao portátil. Tenho outras coisas para fazer, bem mais importantes, mas não tenho vontade de as fazer. Ainda parece que sinto a tua mão na minha cara, aquelas caricias que só tu me fazes tão bem, aquelas horas a fio que só eu sei o quanto me fazem bem. Tenho a cabeça num nó, tenho a alma feita num oito, tenho o coração dividido em pedaços de mil e uma cores que, de serem tantas e tantas, não se distinguem umas das outras. Não sinto o que devia sentir. Não estou de acordo com os tão perfeitos momentos que passei, que me fizeste passar. Sinto-me deveras inconstantemente confusa. Ora confusa por um dado motivo, ora por outro. Acho que me ando a tentar refugiar no beco sem saída, a tentar fazer de ti o substituto do insubstituível. Sinto-me bem, mas triste. Sinto-me como se fosse uma garrafa de vidro com bilhete á tona no meio do Pacifico. Sinto-me enganada a enganar alguém, a enganar-me a mim própria. Sinto-me como se dois pólos tivesse. Vou dedicar-me ao narcisismo. Vou dedicar-me ás minhas asas de borboleta...a ver se consigo ir mais longe!

terça-feira, 6 de abril de 2010

O dito vazio!

Objectivos e ilusões sonhadas que aspiro alcançar. Que temo não conseguir chegar. Temo desistir sem ter forças para continuar. Tenho medo da vida. Dou por mim com os olhos a escorrer, pensando no passado. Penso no futuro. Tenho medo que não seja melhor. Não sei se quero saber o que vou ter. Pior. Tenho medo do que posso não ter. Queria tanto encontrá-lo rapidamente. Quero tanto tê-lo do meu lado. Quero a minha perfeição imperfeita comigo. Quero tanto.
Quero o teu toque na minha tez. Quero os teus dedos entrelaçados com os meus, novamente. Quero ouvir a tua voz no meu ouvido, como só tu sabes fazer. Quero sentir o bater do teu coração junto ao meu. Quero respirar e sentir que tenho o mesmo ritmo que tu. Queria-te de maneira diferente. Queria ter o que prometeste dar de ti.
Queria tanta coisa. Queria tanto.
Deixo correr. Deixo o tempo passar. Espero as bonanças que o mar possa trazer.

quarta-feira, 17 de março de 2010

É tipo assim!

Tipo isto, tipo aquilo, tipo assim e tipo de outra forma. Tipos indecentes, tipos altamente, tipos daqueles que se dispensam e tipos daqueles que se procuram. Tipos desaparecidos ou tipos fugitivos.
Farta desse tipo de tipos.
Tipos, tipinhos e tiparrões. Quero é um tipo decente, um tipo altamente, que não vai embora, que permanece durante aquele tipo de horas que precisamos que fique. Quero é um tipo inexistente, daqueles que todas as tipas procuram e que nenhuma encontra.
Oh! Farta deste tipo de vida que levo, deste tipo de solidão que vivo, deste tipo de alegria incompleta.
Quero uma vida e um tipo que sejam tipo...tipo aquilo que eu quero!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Coisas

Dizem que as coisas vulgares da vida não deixam saudades. Eu digo o contrário. São as coisas mais vulgares da vida que me marcam na alma, que me tornam quem sou hoje, que são únicas e especiais para mim. Momentos de risos banais, de pessoas normais, de ideias comuns e partilhadas. É tudo isso que fica na memória, na história que relembraremos. São os dias vulgares mais bem passados da minha vida. Ás vezes (muitas!) sinto-me insatisfeita. Mas, hoje sinto-me grata. Estou tão bem. Não sinto a água da chuva nos pés, nem em dias tempestuosos. Não sinto buracos no estômago por nenhum instante. Posso sentir-me sozinha, mas sei que tenho sempre as pessoas normais do mundo do meu lado. Coisas normais e vulgares no mundo, mas únicas e as melhores na minha vida. São elas que me fazem sorrir. Fazem o meu tempo parecer melhor. Fazem-me mudar. Fazem crescer a pequena mulherzinha que há em mim. Não me tratam como outrora. Conhecem-me e sabem que são os responsáveis pela minha diferença. Respeitam-me. Brilham-lhes os olhos em momentos mútuos comigo. Coisas. Pessoas. Vulgaridade. Qualquer coisa para o mundo. A coisa para mim. As coisas que formam o meu mundo.

terça-feira, 9 de março de 2010

Por ti,

fui guardando a minha alma como se enlatada pudesse ser.
Fui-me cuidando, fui-me reservando nos momentos mais prósperos, fui-me controlando nos momentos mais quentes, nos momentos mais indevidos.
Guardei, sem explicação, imagens na mente, momentos no coração, memórias que deveriam ser esquecidas e apagadas do domínio do meu ser. Guardei sentimentos que nunca soubeste retribuir. Guardei muita coisa e muito em mim, por ti. Mas fartei. Toda a gente farta. Acabaram-se as forças de fazer por repartir e por agradar. Acabaram-se os limites ilimitados que eu fazia por existirem. Acabou-se outra coisa qualquer feita de coração, feita de bom modo. E não tenho explicações. Não quero ter. Se as tiver, não as vou dar. Acabou. Ponto final. Parágrafo.
Vou renascer, vou desenhar no céu o meu nome e esperar que alguma nuvem o dê a conhecer. Vou sussurrar á lua os meus segredos mais profundos e esperar que as estrelas estejam prontas para me acolher quando quiser fugir daqui. Vou atirar flores ao mar e esperar que as ondas me tragam outras retribuídas de volta.
Vou fazer por ir mais além. Achei que me vendo em ti ia encontrar explicações para a vida. Enganei-me. Vou guardar o meu jeito e não mais me mostrar.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher

Hoje é um dos meus dias. Sim, porque eu tenho muitos!
Ando sem grandes vontades de escrever, mas como é óbvio, estes dias não se podem deixar passar.
E lá porque há dias menos bons na vida, ou dias que correm menos bem, devemos e temos de andar de sorriso na cara (mesmo que seja por engano).
Bola para a frente!

sábado, 6 de março de 2010

Desejos demorados em momentos nem sequer decorridos. Desinteresses momentâneos devido á imbecilidade humana. Nem sei bem como descrever, nem sei bem se deva descrever. Imundices, idiotices da vida que fazem ver que nunca aprendemos de vez!
Bater com a cabeça nunca é demais.
Sinergias bifurcadas.

terça-feira, 2 de março de 2010

Vozes Silenciadas

Estou paralela ao chão. Apetece-me bater com o nariz nas calçadas das ruas da vida que vivo. Apetece-me gritar ao mundo e dizer que não estou satisfeita. Quero mais. Quero saber o quero. Quero querer algo certo sem incertezas. Absoluta sem relatividades. Sorriso sem sarcasmos. Olhar sem mágoa nem brilho molhado. Mão firme sem tremer. Pés assentes sem enlamear o que os rodeia. Voz com certeza ,sem hesitações. Estrelas sem tremeluzirem. Quero. Apetece-me. Aliás; Gostava de voar. De experimentar. Tentar. Mundos novos. Mundos dos sonhos. Pessoas que acreditam nos sonhos. Pessoas sinceras que não têm medo de partilhar fantasias. Pessoas crédulas. Sinto falta. Falta de um mundo adequado a mim. Falta de um beijo em conjugação a um abraço apertado. Sentimentos. Acho que já (quase) ninguém sabe o que isso é. As pessoas esquecem-se de sentir. Esquecem-se de mostrar. Esquecem-se de sonhar. Esquecem-se de lutar. Esquecem as coisas mais bonitas que a vida pode dar. Não quero esquecer. Não quero perder a liberdade emocional e de sonhar que as crianças pequeninas (já nem todas) têm. Eu tenho. Tenho muito pela frente. Tenho mundos a meus pés. Eu sei! Eu consigo. Não vou calar.

Só não consigo o que não quiser, eu sei!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Sociais formas de descrição

Sinto-me um poço sem fundo. Parece que esta porra nunca mais tem fim.
E não me derreto. Não me desvaneço. Mantenho-me firme como aço, dura cá dentro como pedra, mole na alma como gelatina sem sabor. E finto olhares secretos em passos apressados. Tremo com a perna em pensamentos ansiosos. Mexo as mãos em função de ideias sem coerência.
Constantemente inconstante como uma pena ao sabor do vento. Rapidamente lenta em decisões de sentimentos. Adjectivamente incapaz de alegrar a alma emocional do meu mundo.
Mundos partilhados. Mundos aparte do mundo.
Solidamente só no que toca a companhias correspondentes.
Preciso de não me agarrar a quem me compreende.
Preciso de me manter firme como um gelado no pólo norte, firme como um elefante em cima de uma formiga, insensível como uma alma sem coração, segura como o vento que sopra quando lhe apetece.
Preciso de ti, também. Preciso de tantas coisas e de deitar fora outras tantas!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Porra!

Eu também sou gente. Eu também penso por mim. Eu também tenho sonhos e projectos. Eu também luto pelos meus ideais. Eu também sinto cá dentro.
Não é justo tanto gozo para comigo. Não é justo ter de aprender que não se pode confiar nas pessoas. Não é justo sentir-me olhada de lado quando não cometi crime de espécime alguma.
Estou farta de dar á puta da vida oportunidades que magoam. Devo mesmo gostar de sofrer.
Porra!
Acho que vou enfiar os dedos pela garganta e arrancar do peito estas mágoas que pesam cada vez mais. Têm-se enrolado ao tempo e tido um efeito bola de neve que me deixam sem respirar algumas vezes, ultimamente. Efeito que se apressa em atravessar-se lá para os lados da laringe e que me dá um nó no estômago.
Quando tiver uma mão suficientemente grande, então, vou tirar a porra da bola de neve lá de dentro sem lhe dar hipótese de se esconder em algum canto mais remoto. De seguida, vou atirá-la ao rio para que vá parar bem longe de mim.
Espero, muito ansiosamente, não ir agarrada á peganhenta da bola que se tem agarrado a mim, como que se tivesse medo, ela mesma, de me perder.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Post Scriptum

Por vezes a vida obriga-nos a enfrentar situações que não interpretamos como devemos. Por vezes só vimos o que queremos ver. Por vezes não vemos o que está mesmo no nosso nariz.
É preciso um apoio. Uma palavra. Um ombro. Um momento.
É preciso que nos satisfaçamos com loucuras vivas na vida. É preciso acreditar que temos sempre alguém.

P.S. Has always someone that love you.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010


Não tenho palavras nem sentimentos para descrever. Apenas tenho um sorriso para mostrar á vida quem manda!
Hoje sou eu!


:)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Satisfação Presente

Ando a aprender que não posso fazer planos nem pensar em acontecimentos futuros. Acontece tudo ao contrário.
Mas sinto-me mais leve, tão leve que não me importa pensar no amanhã. Importa aproveitar o hoje. Importa aproveitar a companhia das pessoas que realmente me querem e fazem bem. Conhecimentos proveitosos que me dão mais sorrisos aos dias que vivo.
Satisfeita.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Um daqueles...

Precisava de um daqueles...
Beijos, abraços, carinhos, momentos!
Nome que não me sai da cabeça, horas que não me saem de dentro do peito, saudades que não saem de mim. Soube tão bem, soube tão perfeitamente único e especialmente divinal. Rodeada de um braço forte, de carinhos ternos, de ti.
Precisava de um daqueles...
Homens como tu!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Logo,

posso perder-me em ti?


Quero que partilhes o teu cheiro comigo. Quero que partilhes os teus beijos comigo. Quero que te mexas comigo. Quero partilhar-me contigo.
Um ombro, um beijo, um abraço, um momento daqueles. Algo que não sei descrever. Momentos que sei que não se repetem por tanta unidade e detalhes que possuem. Mas quero tentar. Quero tentar voltar a repetir.
Tenta comigo. Partilha comigo!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Promessas esperadas

Já passou. Dois dias de pura pestice! Sorriso na face, alegria no rosto e satisfação no peito, na alma.
Não encontrei nenhum sapo verde e viscoso no dia tão esperado, longe de ideias imundas e longe da vida. Encontrei amigos esperados. Encontrei esperança para continuar os meus dias.
Ainda não tive tempo para respirar. Noite de receber um botão de rosa bem vermelhinho. Noite de me vestir de vermelho para tentar parecer uma verdadeira mosqueteira. Noite de...bem, noite minha de algo que só eu sei quanto bem me soube. Satisfação. Barriga cheia (neste caso talvez seja a cabeça) de acontecimentos marcantes, importantes, únicos. Quero mais destes acontecimentos, destas noites!
Quero muito mais do que tive. Quero conhecer muito melhor. Quero mais tempo de aproveitamento.

Prometido é devido, meus queridos! (:

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A rã e o príncipe (novas versões me esperam)

É quase dia dos namorados. Dia de São Valentim.
Sempre achei graça a este dia, mas, ao mesmo tempo, aborrecido. Acho que vou tratar de procurar um sapo verde e viscoso só para mim. Dizem que, se acreditarmos, acontecem coisas mágicas nestas noites. Estou esperançada. Vou para longe. Vou estar com o pensamento longe da imundice dos homens que conheci.
Já comprei a minha prenda de S. Valentim. Um vestido preto, costas meio descobertas, os meus sapatos novos, pretos de salto bem alto, borboletas no cabelo, nas costas (já há muito), dentro de mim. Livre. Voar para longe deste frio solitário e fingir que a solidão não existe.
Vou acreditar nos príncipes encantados durante a próxima noite. Se não aparecer nenhum...bem, se não aparecer vou ter esperança de me transformar numa rã. Não acontece de uma maneira, então acredito noutra. Cansada de acreditar, mas sempre á busca de forças para sonhar e ter esperanças.
Sei que um dia, mais cedo ou muito provavelmente mais tarde, todos temos o que merecemos.


Até lá, peço desculpa mas, continuo com um ódio (talvez medo) incontornável a essas coisas que chamam de homens.
Nem com eles, nem sem eles. Enfim...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Encaixe perfeito que me falta

Acordar a chorar. Pensar no que se sonhou durante toda a noite. Contos de fada transformados em pesadelos horríveis. Ar de medo. Olhar brilhante, aguado. Desespero para ter alguém do meu lado. Um ombro para suspirar, para soluçar o meu choro.
Sinto-me perdida, como que só houvesse noite, como que se não mais luz visse na vida. Aperto no peito. Sinto-me sem ar. Quero continuar a chorar e nada mais sai. Preciso do meu encaixe perto de mim. Preciso que me ensines a olhar para o céu de novo. Preciso que me ensines a ver outra vez o céu estrelado. Preciso de reaprender tudo aquilo que o vento parece querer levar e, que tu, me ensinaste tão bem.
Aqui permaneço á espera da peça do puzzle que me falta para ver brilho nos contos de fada. Para mandar todos os pesadelos embora com o vento. Para guardar bem todas as boas memórias do que aprendi contigo.
Até breve minha luz, meu anjo, meu céu, minha perdição.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Mas.

Parei para te mandar um beijo. Paro agora para pensar. Tento avançar nesta minha vida parada. Passos como que numa passadeira rolante estivesse, onde aumenta a velocidade de cada vez que tento correr. Decorrer da vida que parece não evoluir como quero. Mas. Há sempre um "mas".
Até posso estar parada. Mas sei que virás a mim quando precisar, que vens quando preciso. Até posso encontrar-me na vida, como que se estivesse na passadeira rolante. Mas sei que posso contar contigo do meu lado. Até pode o fado da vida não decorrer como quero. Mas conheci-te no passado, tenho-te no presente e, sei que, dificilmente nos perderemos no futuro.
Momentos de calor ofuscante que deixam saudades e que fazem a temperatura subir de cada vez que nos tocamos. Faísca liberta em unidade, vinda de dois corpos, como se apenas de um viesse. Mas. Mas não sei se se anda a tornar num bom caminho do fado da minha vida.
Mas. Mas mais um dia em que continuo a ser eu. Ser a borboleta que me chamam.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Presa em mim, em ti!

Estou com um peso enorme em cima de mim. Estou com vontade de adormecer e deixar-me estar deitada durante 48 horas seguidas. Tão profundo, tão meu, tão tua!
Fazes-me tão bem, completas-me em cada pedaço do meu ser. Envolvimento no qual só tu sabes como me derreter. Cada canto meu que apenas tu conheces. Cada faceta minha que só a ti mostro.
Palavras que deitas ao ar, que mexem comigo, que ainda não consigo retribuir nos momentos só nossos. Meu muito. Meu sultão das arábias. Meu amigo. Meu amor. Meu amante. Meu homem da minha vida. Meu homem que me deixa sem fala.
Cada momento único, especial, que me deixa sem esperanças de encontrar pessoas normais, que possam completar a minha vida, o meu ser.
Não vou falar, não vou pensar no sentido de nada. Vou agir e dar a conhecer de mim. Não vou generalizar, vou apenas cuidar de mim. Vou esperar pelo amanhã, viver o hoje, tentar esquecer o ontem.
Aguardo a tua chegada acalorada.
Fazeres-me bem.
Precisar-te.
Viciar-me.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sem (verdadeiramente) mais ninguém

Não há outro(a) que conhece tudo o que há em mim, tudo o que acontece em mim, tudo o que é de mim mesma. É-me apetecível ter-te do meu lado, bem perto. Se um gesto meu tremer um pouco mais, se a minha voz soar, por algum instante, a medo, se por alguma fracção de segundos os olhos brilharem mais do que deveriam, eu sei, tu sabes! Sabes que algo está errado, sei que que vens em meu socorro. Sei que não há mais ninguém que me conheça tão bem, sei que és único, imprescendível, verdadeiro, sincero, humilde. Sei que te conheço. Os teus defeitos. As tuas virtudes. Sei que também sabes disso. Sabemos que algo nos completa na presença um do outro.


Tenho medo.
Não sei se alguém me conhecerá tão bem. Não sei se vou conseguir conhecer alguém tão bem, em quem possa confiar.



Amigos únicos que marcam a nossa vida!

E..acordo!

Abstrair-me do mundo!
Cabeça e alma que vagueiam juntas nas maravilhas da vida que aconteceram, que vão acontecendo. Mente pecaminosa do meu ser, mente coberta de sensações quentes, escaldantes, arrepiantes! Estar sozinha e sentir aquele cheiro suave e doce, sentir-me tocada em cada canto meu, sentir-me retribuída em cada gesto. Estar sozinha e sentir aquela temperatura a invadir-me, aquela chama a apoderar-se como que se cá estivesses, de corpo colado ao meu. Estar sozinha e, ainda assim, sentir aquela faísca que sinto quando te aproximas, sentir aquele arrepio por mim a cima.
Sensualidades soltadas, perto de se tornarem uma só. Ambiente exótico que transborda de cada espaço onde estejamos. Vontades ferozes que se vão acalmando a um ritmo quente. Aquela química! A chegar a certos pontos, a chegar a um certo clima quando...
Volto a mim. Estou sozinha, apenas com os meus pensamentos cheios de tudo o que marcou, que vai marcando.
Á espera que a distância acabe, que os obstáculos se desfaçam em pó, que sejamos um só novamente!

domingo, 31 de janeiro de 2010

Cada vez mais!

Toque suave, adoro-te sussurrado, abraço aconchegado de cheiro a saber a mel. Promessas ditas ao ouvido, longe do mundo, mas como que se ninguém tivesse de ouvir. Olhar cada vez mais sentido, cada vez mais comprometido, cada vez mais cúmplice. Corpos cada vez mais juntos, cada vez mais diluídos num só. Pensamentos cada vez mais telepáticos, cada vez mais comuns, cada vez mais nossos. Tu cada vez mais meu, eu cada vez mais tua.
Fugidas cada vez com mais cheias de vontade, cada vez mais constantes, cada vez mais entusiasmantes. Momentos cada vez mais longos, mas cada vez mais curtos.
Um só cada vez mais. Demonstrações afectuosas cada vez mais usuais.
Sentimento cada vez maior! Lembranças cada vez mais presentes. Cada um de nós a precisar cada vez mais um do outro!

sábado, 30 de janeiro de 2010

De um modo ou de outro

sempre fui tua. De corpo, ou de mente, por vezes de ambas as maneiras. Sempre soubeste. Sabes. Irás sempre saber disso.
Fantasias concretizadas e tanta vontade de mais. Ficar doida só de pensar. Tocar-te, acariciar-te, beijar-te, todinho lentamente, corpo acima, corpo abaixo. Poder olhar-te nos olhos e ver tanta coisa, algumas sem saber o que são. Ver tanta cumplicidade, aquela não permitida. Saudades de devaneios sem ninguém imaginar sequer uma milésima parte. Sempre presente, sem nunca me perderes. União conjunta. Muito para a vida. Um muito que entendemos. Amor que não é amor. Sentimento de carinho e desejo que é muito maior, muito melhor que o amor típico que desaparece. Sentimento que compreendemos tão bem. Pessoa importante. Fantasias existentes imaginadas contigo. Vontades que surgem quando penso em ti. Apreciar cada gesto teu. Beijar esses lábios e saber a que sabe. Cocktail de boas sensações cá dentro, mesmo sem te ver.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Mundo perdido!

Andei perdida lá na grande cidade do porto. Perguntas aqui, perguntas ali. Sentia-me feliz e, embora perdida de corpo (e de alma!), concentrada, de mente posta em algo feliz.
Continuo, irritadamente, perdida (no tempo, dentro do meu próprio ser)! Continuo, solenemente, a tentar encontrar-me, a tentar concentrar-me em algo de feliz, de futuro!
Preciso de tino e de um destino melhor do que tem sido. Não é ser pedincha. É procurar algo real no meio de sonhos que se vão afastando cada vez mais.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Doçura, por favor?!

Fazia-me falta ouvir de novo. Fazia-me falta sentir outra vez. Fazia-me falta aquele toque suave. Faz-me falta mandar a dor embora que teima em permanecer. Faz-me falta encher o vazio que vai ficando maior. Preciso de pegar num grande rolo de algodão doce e ocupar o oco de mim. Adoçar-me. Encher-me de algo palpável, doce e apetecível.
Está difícil tirar algo de mim. Não sei bem o que é. Não sei bem se me faz bem. Acho que não, acho que tenho apodrecido cá dentro. Longe. Distante. Gritos mudos. Fúria do mundo. Da vida.
Entristece-me que a minha metamorfose não melhore. Continuo á espera.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Continuações de dias

Numa continuação de encher a mente...de coisas boas agora, de mim, do que me faz bem. Mais decidida e dura que nunca. Sandrinha só de sorriso forçado. Sandra apenas. Mundo de loucos e eu sem paciência. Loucura descabida em mim. Mudança de ser na mesma permanência de corpo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Saldos!


Ando a ver se leiloo o meu. Quem dá mais?

Intoxicação emocional

Ontem á noite quis deitar cá para fora uma série de desorganização de lágrimas soluçadas, quis aliviar a dor da alma tirando toda a tristeza, transformando-a em água salgada. Mas não. Os olhos mantiveram-se enxutos, sem brilho, o coração fez sentir um aperto como que se um nó me tivessem dado lá dentro. Não consegui falar do assunto. Ainda não consigo. Não quis ouvir mais nada sobre o que me faz doer. Ainda não quero. Não me parece que vá querer. Dói. Começo agora a sentir que já não dou conta de mim, do que faço, ou do que quero fazer. Todos os planos e promessas feitas já se romperam há muito. Acho que ainda não digeri isso na totalidade. Acho que não aceito trocas e baldrocas. Acho que ninguém gosta de aceitar. Mas tem de ser. Sinto-me dura, mas não pronta para outra tão depressa. Sinto-me como que tivesse um bicho no lugar do coração que me vai roendo toda aos poucos. Injustiçada. Irritada. Vontade de me refugiar nalgum sitio onde não me conheçam, onde essa coisa chamada de sentimentos não exista para mim. Quero não sentir dor. Quero não sentir raiva. Quero apenas nada sentir. Não quero esta sensação de que algo me falta dizer sem saber muito bem o que é. Quero cair na vida do esquecimento, onde tudo se apaga ou transforma em pó. Quero tanta coisa e muito mais do que não quero. Talvez. Talvez não saiba bem o que quero.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Cansada da vida!

Ando cansada. De estudar, de falar, de encher-me de nada. Farta da vida e daqueles que a pioram. Farta do cinismo que lhes correm nas veias.
Noites em camas que não me dão sossego. Já não me lembro do que é pregar olho no sono ferrado. Ando a necessitar desesperadamente de um carinho, de um ombro amigo sincero, sem interesses e falsidades.
Atoalhei-me de coisas que, lá está, não passam de coisas. Quando isto passar não quero sentir.




Congestão emocional!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Apenas...

Promessas sem fim diluídas em conversas baratas. Sentimento escondido, refugiado onde não o pude tocar.
Só palavras!

Por favor, borboleta!

Voa Borboleta...vem trazer-me boas novas da vida, dos caminhos que tenho seguido persistentemente. Voa e diz-me que vale o esforço de lutar contra a maré.
Estou cansada, estafada, irritada com a vida. Tanto suor, tanta garra desvanecida nos acontecimentos recentes dos dias e noites que magoam permanentemente. Tentativa de me manter ocupada sem pensar em ninguém, sem, sequer, pensar em mim. Esquecer tudo o que é mau. Encher o corpo de cansaço e deixar de sentir com o coração. Manter a cabeça cheia de ideias e trabalho e não pensar em quem não devo, no que não devo. Diz-me que voltas e ficas comigo. Diz-me, borboleta, que cuidas de mim, que me proteges nas tuas asas cheias de cores, de alegria. Voa, vai buscar boas novas, mas promete que voltas rápido, que ficas por perto para me continuar a encher a cabeça de ideias mais alegres do que as que tenho tido, a encher-me o corpo de cansaço de muito rir e sorrir para a vida. Vai e traz-me, de novo, a serenidade que me tem fugido aos poucos. Convence-a a não voltar a partir, a ficar no meu eterno ser. Vai e volta dizendo-me quem sou, o que sou, o que consigo ser. Só eu sei o desconhecido que me tem invadido. Só eu sei a profundidade da dor, da desvalorização destes dias sombrios. Vem e apaga a tristeza de mim, ou então vem e leva-me contigo para um lugar melhor, um lugar de cores vivas, de magias boas, de fadas madrinhas e sem bruxas más.
Digo-te, borboleta, preciso de me voltar a encontrar no meu ser. Preciso de ser como tu, abrir asas e olhar no horizonte, encontrar sempre novos desafios, novos sonhos aquando os meus se têm desmoronado.



Vai Borboleta e traz-me a poção da metamorfose!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Crescer e aprender!

Hoje tive um dia complicado, hoje senti-me incapaz de chorar, quando a vontade que eu tinha era de berrar até não poder mais.
Hoje foi um dia decisivo, hoje tornei-me mais mulher, mais dura, mais fria. Hoje apercebi-me do bem que me aconteceu no meio de todo o mal. Hoje cresci, tive mais uma lição de vida e aprendi-a de uma maneira das mais difíceis que pode haver.
Enfim, foi só mais uma queda para me erguer.
Fazer das tripas, coração, mas se tem de ser...tem muita força!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O céu desabou em mim!

Amanha fazia dois meses de namoro...
Amanha ia ser um dia especial, pensava eu. Mas não vai. não namoro. O céu caiu-me em cima de uma paulada só!
Recebi ontem a noticia por telemóvel que os sentimentos tinham mudado, já não era igual á primeira vez.
Os meus também não são...cresceram, evoluíram. Sinto-me, sinceramente, infeliz.Sinto-me desiludida por nem pessoalmente receber a noticia. Sinto-me, seriamente, traída de mente e de corpo.
Pensava que agia correctamente e que uma pessoa não iria deixar de gostar da noite para o dia. Enganei-me.

Apetece-me adormecer e não acordar!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Hoje é um daqueles dias em que apetece escrever, mas não tenho tema. Apetece-me correr, mas não tenho resistência. Apetece-me falar, mas estou sem fôlego. Apetece-me abraçar-te, mas estás distante.

Sinto-me cansada psicológica e fisicamente.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Nas nuvens

Eu sei que sou (extremamente) inconstante. Sei que não sou assim tão fácil. Mas, sei que, não é difícil ser compreendida. Uma carícia, um mimo, um gesto, um sorriso, algo pequenino basta para eu ficar a traquina da miúda endiabrada. Sou da opinião que, se temos de discutir meu amor, que seja já no inicio, para que o amanhã seja sempre melhor.
Tenho momentos de explosão, de birras, de amuos, de felicidade, até de ter a tal vontade de bater e dizer que te adoro. Ora mulher, ora criança. Sim, não é fácil. Mas obrigada. Obrigada pelo esforço de mudança. Obrigada pela efectiva tentativa de melhorar. Resultou. Melhorou muito.
Quando queres, até me fazes ser uma menina de sorrisão de orelha a orelha.
Adoro sentir-me assim.


Adoro-te mais a ti. ;)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Hoje nem por palavras me exprimo.
Lágrimas que me representam.
Estou como tu, meu amor. Perdi o pio.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Hoje é o dia!

Desculpa lá.
Desculpa se não sou quem pensavas que eu era. Desculpa se não te sou suficientemente grande. Desculpa.
Queria ser melhor, queria conseguir dizer-te todos os meus medos, conseguir explicar-me, explicar todos e cada gesto meu. Precisava que me conhecesses. Sei que cada texto meu se vai repetindo em cada palavra escrita, mas cada um deles, mesmo que repetidos, são apenas desabafos meus. Maneiras de me exprimir, maneiras de te dizer tudo o que contigo me escapa, tudo aquilo que perco a coragem de falar, tudo aquilo em que o medo permanece e não deixa a voz soltar-se.
Não sei se alguém ou alguma coisa no meu ser me ouve, mas gostava de acreditar mais em mim. Queria ter certezas, essas que nos confortam na vida. Tenho medo de pressionar, de estar a deixar sair demais a criança que há em mim, de pedir demais. Gostava tanto de poder chorar contigo, de sentir a sensação de que te tenho do meu lado, de que me conheces verdadeiramente. Gostava que soubesses qual dos sorrisos é sincero, que soubesses a minha cor preferida, qual a comida que mais gosto, se prefiro doce ou amargo, se acredito nas pessoas boas ou não, o que gosto ou gostava de poder fazer contigo.
Hoje foi o dia de deitar as lágrimas cá para fora. O coração vai sair-me da boca!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Dias enublados

Hoje acordei com os pés de fora da cama. Era um daqueles dias em que não me apetecia mesmo nada sair do quentinho dos meus lençóis. O dia não correu como queria, falei de modos brutos que não desejava na altura, não tinha paciência para as amigas. Hoje não. Hoje não foi um bom dia para ser pilar, para ser conselheira, para ser a força de alguém. As minhas capacidades não são intermináveis. As minhas forças também acabam, as minhas motivações são esquecidas, os objectivos de vida são ignorados. Estou farta, fartíssima, f-a-r-t-a, com cada letra que constitui a pequena palavrita.
Ponho-me a cada dia que passa a tentar cumprir a missão que ás vezes penso ter. Tento ajudar no que posso, tento melhorar tudo o que consigo, gasto forças e energias, conjugo todas as ideias e procuro a melhor delas, por vezes as melhores para que, caso uma falhe, tenha logo outra ali á mão.
Depois, aparece-me assim um dia como o de hoje, em que preciso de forças para me levantar da cama, de ideias boas para melhorar o meu dia, de subir a minha auto-estima que parece desfalecida. É num dia como hoje que, após ter a alma quase de reserva pelos dias anteriores cheios de vivacidade para com os outros, precisava do ombro de alguém para chorar, para acabar com as poucas energias que me sobram, chorando que nem desalmada no colo de alguém.
Falta-me que me conheçam de verdade.
Não é por rir (ou sorrir) sempre, que ando sempre bem!



Olhar chuvoso.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Amanhã, posso dizer?

Bola de palavras amontoadas com vontade de explodir. Vontade de mandar tudo cá para fora. Quero-te dizer que te amo. Quero-te encher de tudo de bom que te posso dar. Quero-te da melhor maneira que te posso querer.
Quero não ficar com as palavras entaladas na garganta quando te toco, quero não ter medo de me pronunciar. Quero não ter medo da tua reacção quando não tiver medo de dizer que te amo.
Pequena palavra, letras suficientes, palavra que me sufoca por não sair.
Será que posso? Será que devo? Será que vais reagir da melhor maneira?
Satisfação extrema que quase me faz sentir completa, por quase conseguir dizer-te quase tudo o que sinto, que me fazes sentir.

Amo-te, satisfatoriamente imenso!


"Amanhã, dás-me um mimo? :)"

domingo, 3 de janeiro de 2010

Cinderela, onde anda ele?

Violino, calças vincadas, casaco de ocasião, fato escuro, camisa branca, mãos atrás das costas prontas a presenteá-la com um ramo de rosas brancas. Som calmo e amoroso, ambiente acalorado, tons encarnados e mesa redonda com toalha de seda a condizer. Dois pratos pousados, guardanapos brancos do lado direito de cada um, talheres cor de prata e dois copos para completar. Balde de gelo com uma garrafa de um bom vinho, jantar tapado por uma daquelas tampas redondas da cor do balde do vinho. Tudo numa pequena mesa de rodas, pequena ali ao lado da grande mesa de sonhos.
Ele, em pé, de olhos postos nela. Mão esticada como se a chamar por ela. Três homens atrás, sentados, de violino nas mãos.
Cinderela, de postura firme, mas tímida, face corada, cabelo meio solto, meio apanhado, vestido de princesa, azul turquesa, sapato de cristal á espera das doze badaladas. Pensamento no "vai ou não vai", reticencias na magia que ali paira no ar. Um passo de avanço tão tímido quanto o olhar que ela lhe retribui. Brilho nos seus olhos tão intenso quanto o brilho que se projecta na mesa do céu estrelado que os contempla.
Dança ao som do calor que lhe entra na alma. Presos um ao outro, como se não houvesse amanhã, palavras que ele lhe sussurra, que a deixam confortada, com certezas.
Olhares acarinhados que vão trocando, olhares que valem por qualquer palavra naquele momento.
Noite inesquecivel, impossível na vida real.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Joel Neto

Hoje tive a ler uma opinião que vinha numa revista. Era de Joel Neto, falava da morte dos cafés.
Não acho. Não, os cafés não morreram todos (ainda!).
Sou uma "miúda" da aldeia e cresci rodeada de pessoas que sabem tudo umas das outras, que dizem "olá filha!", que perguntam pela família toda (e até pelos amigos dos paizinhos). Mudei de terra, saí da aldeia e vim morar para uma cidade muito longe da terrinha. Pensei que todo esse calor humano, toda essa cumplicidade, todos esses conhecimentos sobre vizinhos (e até intrigas!) tivessem acabado. Não! Estudo e trabalho num café há três anos (que por brincadeira chamo de tasco, porque já só nos tascos vejo o ambiente que pensei perdido). Já é uma família lá dentro. Sim , há daquelas mulheres (e homens!) que entram todas chiques sem falar a ninguém e já não se vê ninguém a jogar dominó, mas sinto-me em casa lá (na maioria do tempo!).
Chego e, todos os homens e mulheres, todos os velhos e velhas, me cumprimentam com apertos de mão, "olá borboleta! olá amor! olá jóia! que tal a semana? que tal a escola? que tal as férias? amanhã também vens?". Dizem que sou a única que sei falar, que sei ouvir, se calhar por ter crescido na minha aldeiazinha e ter aprendido a conviver com as pessoas, de maneira verdadeira, que formam todas elas uma minha segunda ou terceira família.
Sinto-me acolhida, mesmo ouvindo a máquina do café a moer, mesmo ouvindo a RFM a tocar e, os escarros do senhor Cardoso, as histórias do senhor Jorge (que também cresceu na aldeia), as criticas pouco construtivas do senhor Alfredo as histórias de todas as pessoas da terra que as velhas vão contando, as bocas que os homens mandam para as mulheres que vêm no jornal da bola, vendo os homens a dizer palavrões quando não se conseguem conter, encostados ao balcão a beber finos e minis, enfim!
Ainda me perguntam como vai a família, tal como na terrinha de onde sou.
É o lugar onde mais convivo com pessoas que têm experiências de vida para partilhar comigo (e insistem em fazer-me crescer!), onde tenho tempo para ler estas opiniões que me cativam.
Por lá, muito bons somos nós (por algumas vezes, vá!).