sábado, 10 de julho de 2010

Recordações revividas

Há palavras que não são escritas ou ditas para se entenderem. Apenas saem cá para fora para aliviar a consciência e não causar o arrependimento de não-ter-dito-ou-não-ter-feito. Acho que é nisso que me vou debruçando. Vou enchendo linhas com palavras atiradas ao ar, vou aliviando a consciência ao deitar todas as mágoas para serem levadas pelo vento, vou partilhando as minhas alegrias e fantasias quando ninguém está para me ouvir e, não me arrependo assim do que não digo. Digo tudo, escrevo tudo, memorizo tudo. E sinto-me satisfeita mesmo que ninguém perceba nada do que está escrito. Eu sei. Cada linha, cada frase, simbologia de pensamentos ou momentos vividos que recordo com todo o fervor. Cheiros que me assaltam o olfacto, gostos que ora me adoçam, ora me amargam a boca, vozes que ecoam nos ouvidos, imagens que me invadem a mente. Recordações revividas que me tornam feliz por não me esquecer nunca delas.

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