domingo, 31 de janeiro de 2010

Cada vez mais!

Toque suave, adoro-te sussurrado, abraço aconchegado de cheiro a saber a mel. Promessas ditas ao ouvido, longe do mundo, mas como que se ninguém tivesse de ouvir. Olhar cada vez mais sentido, cada vez mais comprometido, cada vez mais cúmplice. Corpos cada vez mais juntos, cada vez mais diluídos num só. Pensamentos cada vez mais telepáticos, cada vez mais comuns, cada vez mais nossos. Tu cada vez mais meu, eu cada vez mais tua.
Fugidas cada vez com mais cheias de vontade, cada vez mais constantes, cada vez mais entusiasmantes. Momentos cada vez mais longos, mas cada vez mais curtos.
Um só cada vez mais. Demonstrações afectuosas cada vez mais usuais.
Sentimento cada vez maior! Lembranças cada vez mais presentes. Cada um de nós a precisar cada vez mais um do outro!

sábado, 30 de janeiro de 2010

De um modo ou de outro

sempre fui tua. De corpo, ou de mente, por vezes de ambas as maneiras. Sempre soubeste. Sabes. Irás sempre saber disso.
Fantasias concretizadas e tanta vontade de mais. Ficar doida só de pensar. Tocar-te, acariciar-te, beijar-te, todinho lentamente, corpo acima, corpo abaixo. Poder olhar-te nos olhos e ver tanta coisa, algumas sem saber o que são. Ver tanta cumplicidade, aquela não permitida. Saudades de devaneios sem ninguém imaginar sequer uma milésima parte. Sempre presente, sem nunca me perderes. União conjunta. Muito para a vida. Um muito que entendemos. Amor que não é amor. Sentimento de carinho e desejo que é muito maior, muito melhor que o amor típico que desaparece. Sentimento que compreendemos tão bem. Pessoa importante. Fantasias existentes imaginadas contigo. Vontades que surgem quando penso em ti. Apreciar cada gesto teu. Beijar esses lábios e saber a que sabe. Cocktail de boas sensações cá dentro, mesmo sem te ver.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Mundo perdido!

Andei perdida lá na grande cidade do porto. Perguntas aqui, perguntas ali. Sentia-me feliz e, embora perdida de corpo (e de alma!), concentrada, de mente posta em algo feliz.
Continuo, irritadamente, perdida (no tempo, dentro do meu próprio ser)! Continuo, solenemente, a tentar encontrar-me, a tentar concentrar-me em algo de feliz, de futuro!
Preciso de tino e de um destino melhor do que tem sido. Não é ser pedincha. É procurar algo real no meio de sonhos que se vão afastando cada vez mais.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Doçura, por favor?!

Fazia-me falta ouvir de novo. Fazia-me falta sentir outra vez. Fazia-me falta aquele toque suave. Faz-me falta mandar a dor embora que teima em permanecer. Faz-me falta encher o vazio que vai ficando maior. Preciso de pegar num grande rolo de algodão doce e ocupar o oco de mim. Adoçar-me. Encher-me de algo palpável, doce e apetecível.
Está difícil tirar algo de mim. Não sei bem o que é. Não sei bem se me faz bem. Acho que não, acho que tenho apodrecido cá dentro. Longe. Distante. Gritos mudos. Fúria do mundo. Da vida.
Entristece-me que a minha metamorfose não melhore. Continuo á espera.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Continuações de dias

Numa continuação de encher a mente...de coisas boas agora, de mim, do que me faz bem. Mais decidida e dura que nunca. Sandrinha só de sorriso forçado. Sandra apenas. Mundo de loucos e eu sem paciência. Loucura descabida em mim. Mudança de ser na mesma permanência de corpo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Saldos!


Ando a ver se leiloo o meu. Quem dá mais?

Intoxicação emocional

Ontem á noite quis deitar cá para fora uma série de desorganização de lágrimas soluçadas, quis aliviar a dor da alma tirando toda a tristeza, transformando-a em água salgada. Mas não. Os olhos mantiveram-se enxutos, sem brilho, o coração fez sentir um aperto como que se um nó me tivessem dado lá dentro. Não consegui falar do assunto. Ainda não consigo. Não quis ouvir mais nada sobre o que me faz doer. Ainda não quero. Não me parece que vá querer. Dói. Começo agora a sentir que já não dou conta de mim, do que faço, ou do que quero fazer. Todos os planos e promessas feitas já se romperam há muito. Acho que ainda não digeri isso na totalidade. Acho que não aceito trocas e baldrocas. Acho que ninguém gosta de aceitar. Mas tem de ser. Sinto-me dura, mas não pronta para outra tão depressa. Sinto-me como que tivesse um bicho no lugar do coração que me vai roendo toda aos poucos. Injustiçada. Irritada. Vontade de me refugiar nalgum sitio onde não me conheçam, onde essa coisa chamada de sentimentos não exista para mim. Quero não sentir dor. Quero não sentir raiva. Quero apenas nada sentir. Não quero esta sensação de que algo me falta dizer sem saber muito bem o que é. Quero cair na vida do esquecimento, onde tudo se apaga ou transforma em pó. Quero tanta coisa e muito mais do que não quero. Talvez. Talvez não saiba bem o que quero.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Cansada da vida!

Ando cansada. De estudar, de falar, de encher-me de nada. Farta da vida e daqueles que a pioram. Farta do cinismo que lhes correm nas veias.
Noites em camas que não me dão sossego. Já não me lembro do que é pregar olho no sono ferrado. Ando a necessitar desesperadamente de um carinho, de um ombro amigo sincero, sem interesses e falsidades.
Atoalhei-me de coisas que, lá está, não passam de coisas. Quando isto passar não quero sentir.




Congestão emocional!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Apenas...

Promessas sem fim diluídas em conversas baratas. Sentimento escondido, refugiado onde não o pude tocar.
Só palavras!

Por favor, borboleta!

Voa Borboleta...vem trazer-me boas novas da vida, dos caminhos que tenho seguido persistentemente. Voa e diz-me que vale o esforço de lutar contra a maré.
Estou cansada, estafada, irritada com a vida. Tanto suor, tanta garra desvanecida nos acontecimentos recentes dos dias e noites que magoam permanentemente. Tentativa de me manter ocupada sem pensar em ninguém, sem, sequer, pensar em mim. Esquecer tudo o que é mau. Encher o corpo de cansaço e deixar de sentir com o coração. Manter a cabeça cheia de ideias e trabalho e não pensar em quem não devo, no que não devo. Diz-me que voltas e ficas comigo. Diz-me, borboleta, que cuidas de mim, que me proteges nas tuas asas cheias de cores, de alegria. Voa, vai buscar boas novas, mas promete que voltas rápido, que ficas por perto para me continuar a encher a cabeça de ideias mais alegres do que as que tenho tido, a encher-me o corpo de cansaço de muito rir e sorrir para a vida. Vai e traz-me, de novo, a serenidade que me tem fugido aos poucos. Convence-a a não voltar a partir, a ficar no meu eterno ser. Vai e volta dizendo-me quem sou, o que sou, o que consigo ser. Só eu sei o desconhecido que me tem invadido. Só eu sei a profundidade da dor, da desvalorização destes dias sombrios. Vem e apaga a tristeza de mim, ou então vem e leva-me contigo para um lugar melhor, um lugar de cores vivas, de magias boas, de fadas madrinhas e sem bruxas más.
Digo-te, borboleta, preciso de me voltar a encontrar no meu ser. Preciso de ser como tu, abrir asas e olhar no horizonte, encontrar sempre novos desafios, novos sonhos aquando os meus se têm desmoronado.



Vai Borboleta e traz-me a poção da metamorfose!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Crescer e aprender!

Hoje tive um dia complicado, hoje senti-me incapaz de chorar, quando a vontade que eu tinha era de berrar até não poder mais.
Hoje foi um dia decisivo, hoje tornei-me mais mulher, mais dura, mais fria. Hoje apercebi-me do bem que me aconteceu no meio de todo o mal. Hoje cresci, tive mais uma lição de vida e aprendi-a de uma maneira das mais difíceis que pode haver.
Enfim, foi só mais uma queda para me erguer.
Fazer das tripas, coração, mas se tem de ser...tem muita força!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O céu desabou em mim!

Amanha fazia dois meses de namoro...
Amanha ia ser um dia especial, pensava eu. Mas não vai. não namoro. O céu caiu-me em cima de uma paulada só!
Recebi ontem a noticia por telemóvel que os sentimentos tinham mudado, já não era igual á primeira vez.
Os meus também não são...cresceram, evoluíram. Sinto-me, sinceramente, infeliz.Sinto-me desiludida por nem pessoalmente receber a noticia. Sinto-me, seriamente, traída de mente e de corpo.
Pensava que agia correctamente e que uma pessoa não iria deixar de gostar da noite para o dia. Enganei-me.

Apetece-me adormecer e não acordar!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Hoje é um daqueles dias em que apetece escrever, mas não tenho tema. Apetece-me correr, mas não tenho resistência. Apetece-me falar, mas estou sem fôlego. Apetece-me abraçar-te, mas estás distante.

Sinto-me cansada psicológica e fisicamente.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Nas nuvens

Eu sei que sou (extremamente) inconstante. Sei que não sou assim tão fácil. Mas, sei que, não é difícil ser compreendida. Uma carícia, um mimo, um gesto, um sorriso, algo pequenino basta para eu ficar a traquina da miúda endiabrada. Sou da opinião que, se temos de discutir meu amor, que seja já no inicio, para que o amanhã seja sempre melhor.
Tenho momentos de explosão, de birras, de amuos, de felicidade, até de ter a tal vontade de bater e dizer que te adoro. Ora mulher, ora criança. Sim, não é fácil. Mas obrigada. Obrigada pelo esforço de mudança. Obrigada pela efectiva tentativa de melhorar. Resultou. Melhorou muito.
Quando queres, até me fazes ser uma menina de sorrisão de orelha a orelha.
Adoro sentir-me assim.


Adoro-te mais a ti. ;)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Hoje nem por palavras me exprimo.
Lágrimas que me representam.
Estou como tu, meu amor. Perdi o pio.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Hoje é o dia!

Desculpa lá.
Desculpa se não sou quem pensavas que eu era. Desculpa se não te sou suficientemente grande. Desculpa.
Queria ser melhor, queria conseguir dizer-te todos os meus medos, conseguir explicar-me, explicar todos e cada gesto meu. Precisava que me conhecesses. Sei que cada texto meu se vai repetindo em cada palavra escrita, mas cada um deles, mesmo que repetidos, são apenas desabafos meus. Maneiras de me exprimir, maneiras de te dizer tudo o que contigo me escapa, tudo aquilo que perco a coragem de falar, tudo aquilo em que o medo permanece e não deixa a voz soltar-se.
Não sei se alguém ou alguma coisa no meu ser me ouve, mas gostava de acreditar mais em mim. Queria ter certezas, essas que nos confortam na vida. Tenho medo de pressionar, de estar a deixar sair demais a criança que há em mim, de pedir demais. Gostava tanto de poder chorar contigo, de sentir a sensação de que te tenho do meu lado, de que me conheces verdadeiramente. Gostava que soubesses qual dos sorrisos é sincero, que soubesses a minha cor preferida, qual a comida que mais gosto, se prefiro doce ou amargo, se acredito nas pessoas boas ou não, o que gosto ou gostava de poder fazer contigo.
Hoje foi o dia de deitar as lágrimas cá para fora. O coração vai sair-me da boca!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Dias enublados

Hoje acordei com os pés de fora da cama. Era um daqueles dias em que não me apetecia mesmo nada sair do quentinho dos meus lençóis. O dia não correu como queria, falei de modos brutos que não desejava na altura, não tinha paciência para as amigas. Hoje não. Hoje não foi um bom dia para ser pilar, para ser conselheira, para ser a força de alguém. As minhas capacidades não são intermináveis. As minhas forças também acabam, as minhas motivações são esquecidas, os objectivos de vida são ignorados. Estou farta, fartíssima, f-a-r-t-a, com cada letra que constitui a pequena palavrita.
Ponho-me a cada dia que passa a tentar cumprir a missão que ás vezes penso ter. Tento ajudar no que posso, tento melhorar tudo o que consigo, gasto forças e energias, conjugo todas as ideias e procuro a melhor delas, por vezes as melhores para que, caso uma falhe, tenha logo outra ali á mão.
Depois, aparece-me assim um dia como o de hoje, em que preciso de forças para me levantar da cama, de ideias boas para melhorar o meu dia, de subir a minha auto-estima que parece desfalecida. É num dia como hoje que, após ter a alma quase de reserva pelos dias anteriores cheios de vivacidade para com os outros, precisava do ombro de alguém para chorar, para acabar com as poucas energias que me sobram, chorando que nem desalmada no colo de alguém.
Falta-me que me conheçam de verdade.
Não é por rir (ou sorrir) sempre, que ando sempre bem!



Olhar chuvoso.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Amanhã, posso dizer?

Bola de palavras amontoadas com vontade de explodir. Vontade de mandar tudo cá para fora. Quero-te dizer que te amo. Quero-te encher de tudo de bom que te posso dar. Quero-te da melhor maneira que te posso querer.
Quero não ficar com as palavras entaladas na garganta quando te toco, quero não ter medo de me pronunciar. Quero não ter medo da tua reacção quando não tiver medo de dizer que te amo.
Pequena palavra, letras suficientes, palavra que me sufoca por não sair.
Será que posso? Será que devo? Será que vais reagir da melhor maneira?
Satisfação extrema que quase me faz sentir completa, por quase conseguir dizer-te quase tudo o que sinto, que me fazes sentir.

Amo-te, satisfatoriamente imenso!


"Amanhã, dás-me um mimo? :)"

domingo, 3 de janeiro de 2010

Cinderela, onde anda ele?

Violino, calças vincadas, casaco de ocasião, fato escuro, camisa branca, mãos atrás das costas prontas a presenteá-la com um ramo de rosas brancas. Som calmo e amoroso, ambiente acalorado, tons encarnados e mesa redonda com toalha de seda a condizer. Dois pratos pousados, guardanapos brancos do lado direito de cada um, talheres cor de prata e dois copos para completar. Balde de gelo com uma garrafa de um bom vinho, jantar tapado por uma daquelas tampas redondas da cor do balde do vinho. Tudo numa pequena mesa de rodas, pequena ali ao lado da grande mesa de sonhos.
Ele, em pé, de olhos postos nela. Mão esticada como se a chamar por ela. Três homens atrás, sentados, de violino nas mãos.
Cinderela, de postura firme, mas tímida, face corada, cabelo meio solto, meio apanhado, vestido de princesa, azul turquesa, sapato de cristal á espera das doze badaladas. Pensamento no "vai ou não vai", reticencias na magia que ali paira no ar. Um passo de avanço tão tímido quanto o olhar que ela lhe retribui. Brilho nos seus olhos tão intenso quanto o brilho que se projecta na mesa do céu estrelado que os contempla.
Dança ao som do calor que lhe entra na alma. Presos um ao outro, como se não houvesse amanhã, palavras que ele lhe sussurra, que a deixam confortada, com certezas.
Olhares acarinhados que vão trocando, olhares que valem por qualquer palavra naquele momento.
Noite inesquecivel, impossível na vida real.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Joel Neto

Hoje tive a ler uma opinião que vinha numa revista. Era de Joel Neto, falava da morte dos cafés.
Não acho. Não, os cafés não morreram todos (ainda!).
Sou uma "miúda" da aldeia e cresci rodeada de pessoas que sabem tudo umas das outras, que dizem "olá filha!", que perguntam pela família toda (e até pelos amigos dos paizinhos). Mudei de terra, saí da aldeia e vim morar para uma cidade muito longe da terrinha. Pensei que todo esse calor humano, toda essa cumplicidade, todos esses conhecimentos sobre vizinhos (e até intrigas!) tivessem acabado. Não! Estudo e trabalho num café há três anos (que por brincadeira chamo de tasco, porque já só nos tascos vejo o ambiente que pensei perdido). Já é uma família lá dentro. Sim , há daquelas mulheres (e homens!) que entram todas chiques sem falar a ninguém e já não se vê ninguém a jogar dominó, mas sinto-me em casa lá (na maioria do tempo!).
Chego e, todos os homens e mulheres, todos os velhos e velhas, me cumprimentam com apertos de mão, "olá borboleta! olá amor! olá jóia! que tal a semana? que tal a escola? que tal as férias? amanhã também vens?". Dizem que sou a única que sei falar, que sei ouvir, se calhar por ter crescido na minha aldeiazinha e ter aprendido a conviver com as pessoas, de maneira verdadeira, que formam todas elas uma minha segunda ou terceira família.
Sinto-me acolhida, mesmo ouvindo a máquina do café a moer, mesmo ouvindo a RFM a tocar e, os escarros do senhor Cardoso, as histórias do senhor Jorge (que também cresceu na aldeia), as criticas pouco construtivas do senhor Alfredo as histórias de todas as pessoas da terra que as velhas vão contando, as bocas que os homens mandam para as mulheres que vêm no jornal da bola, vendo os homens a dizer palavrões quando não se conseguem conter, encostados ao balcão a beber finos e minis, enfim!
Ainda me perguntam como vai a família, tal como na terrinha de onde sou.
É o lugar onde mais convivo com pessoas que têm experiências de vida para partilhar comigo (e insistem em fazer-me crescer!), onde tenho tempo para ler estas opiniões que me cativam.
Por lá, muito bons somos nós (por algumas vezes, vá!).