terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Dias enublados

Hoje acordei com os pés de fora da cama. Era um daqueles dias em que não me apetecia mesmo nada sair do quentinho dos meus lençóis. O dia não correu como queria, falei de modos brutos que não desejava na altura, não tinha paciência para as amigas. Hoje não. Hoje não foi um bom dia para ser pilar, para ser conselheira, para ser a força de alguém. As minhas capacidades não são intermináveis. As minhas forças também acabam, as minhas motivações são esquecidas, os objectivos de vida são ignorados. Estou farta, fartíssima, f-a-r-t-a, com cada letra que constitui a pequena palavrita.
Ponho-me a cada dia que passa a tentar cumprir a missão que ás vezes penso ter. Tento ajudar no que posso, tento melhorar tudo o que consigo, gasto forças e energias, conjugo todas as ideias e procuro a melhor delas, por vezes as melhores para que, caso uma falhe, tenha logo outra ali á mão.
Depois, aparece-me assim um dia como o de hoje, em que preciso de forças para me levantar da cama, de ideias boas para melhorar o meu dia, de subir a minha auto-estima que parece desfalecida. É num dia como hoje que, após ter a alma quase de reserva pelos dias anteriores cheios de vivacidade para com os outros, precisava do ombro de alguém para chorar, para acabar com as poucas energias que me sobram, chorando que nem desalmada no colo de alguém.
Falta-me que me conheçam de verdade.
Não é por rir (ou sorrir) sempre, que ando sempre bem!



Olhar chuvoso.

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