segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

A vida é assim. Feita de ciclos. Uns acabam, para outros poderem iniciar. E nada podes fazer para evitar esses términos. Esses finais mais dolorosos, mais demorados que o fim do mundo. E é por isso que o amor é mágico. Eleva-nos a alma, para que  corpo resista. E não falo do amor entre nós dois. Falo do amor de todos aqueles que de ti fazem parte, fazem arte. Pra ti talvez em mais pessoas do que para mim. Mas hoje eu sei. Eu tenho a certeza. Tenho a certeza que não trocava os meus poucos amores pelos teus inúmeros. Ai, como é intenso. E sabes. Falta-te isso. A intensidade do amor dos outros, além do meu. Sim, meu bem. Do meu. Porque disso também tenho a certeza. Podes ter muitos e bons. Nenhum maior do que aquele que te dou. Porque sim. Porque me dou por inteiro e não por metades. Porque ponho a minha alma em todo ele. A alma elevada pelo amor dos poucos que tenho, mas que tanto por mim fazem e em mim constroem. E isso, ninguém me tira. Transformar o coração cheio, em amor para dar. Isso aprende-se. Consome-se. Dá-se. E não é para todos. E é uma questão de sorte. Sorte em teres-me na tua vida. Sorte se a souberes retribuir. Porque a sorte, meu bem, semeia-se. Não nasce do nada. Nasce do que dás de ti.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Gosto de praia. Gosto de verde. Gosto de folhas secas aos montes na rua. Gosto também do cheiro a terra molhada. Gosto da chuva a cair na cara. Gosto do teu cheiro. Gosto do teu abraço. Gosto das nossas memórias. Gosto dos teus beijos. Gosto daquela simplicidade do gostar. Sem complicações desnecessárias. Sem meios termos. Ou é, ou não.
Gosto do aconchego de segurança. Gosto da paz. Gosto de pensar que és só meu. Mesmo que não sejas. Mesmo que ande enganada, noutro planeta paralelo ao teu.
Gosto de, mesmo com os meus erros, poder ser eu ao teu lado. Gosto do que me fazes querer ser.
Gosto de gostar.
E isso chega. Vale a pena, pelo que significa. Pelo que importa, quando o é. E quando não é...bem, quando não é, tenho-me. Vou ter-me sempre.
Porque gosto de gostar. Gosto de querer. Mas gosto mais ainda de ficar preenchida contigo, ao invés de completa. Completa, eu já sou. Tu já és. Mas sabe bem o aconchego de alma que, às vezes, me fazes sentir. Mesmo com as tuas mesmices. Mesmo com aquele feitio implicativo puxado a birras. Porque gosto-te. Assim. De uma maneira simples, bonita, sem porquês. Porque a vida só vale a pena pelo que é simplesmente bonito sem ter de saber o porquê.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Que frenesim de emoções. Medo. Ânsia. Vontade de ter. Paixão. Borboletas cheias de fome. Estão a consumir-me por dentro, as malvadas. Lembraram-se que não têm mais que fazer e, parece que decidiram nomear-me a vítima mais recente.
O pior é que descobriram como fazê-lo de forma a que eu ache que gosto de ser consumida. Trazem à tona uma parte criança refugiada dentro de mim, há já algum tempo. Algum...não sei bem quanto, não me lembro.
Só não sei se acho muita graça às lágrimas que me apetece soltar. Àquelas de alegria. De nervos. De tristeza e receios. De ansiedade constante.
Fazem-me andar mais sensível. Mais transparente. Mais desprotegida.
Acho que se calhar era disso que estava a precisar. De não ter medo ou vergonha de ser eu mesma. De ser eu em qualquer e todas as situações.
Acabem esse trabalho corretamente, suas marotas. Façam-no até à exaustão. De modo que, se correr mal, eu nem tenha forças para ripostar.
Pago-vos em transparência. Em amor.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Não quero. Não posso. Estou apaixonada e, isso, vai matar-me. Eu sei. 
A cabeça não quer, mas o coração não pára de saltar, feito louco. Sim, estou louca. De amores por ele. De tanto pensar no momento em que o vou voltar a ver, no momento em que lhe vou voltar a tocar, no momento em que o vou abraçar. Ele bagunçou-me por dentro. Ele. Só ele.
Só ele sabe como me irritar e como fazer para eu gostar. É uma espécie de feitiço. Feitiço de amor. Ou loucura. O que preferirem chamar. Não quero amar loucamente. E não quero amar, sem ser de forma louca. Não quero não ser amada de forma igual. De forma louca e desenfreada. Mas, quero-o. Quero o abraço dele. O cheiro dele. O sabor dele.
Quero que ele dê certo. Estou cansada de não dar. Estou cansada de amar de forma louca e de não ser amada loucamente. Quero a loucura recíproca que nos mata de amores! Mas, enquanto assim não for, não quero, não posso e não vou (ou, pelo menos, vou tentar não amar).
Aguardo-o. Sem paciência, sem querer esperar. Mas aguardo, esperançosa.