sexta-feira, 21 de julho de 2017

Que frenesim de emoções. Medo. Ânsia. Vontade de ter. Paixão. Borboletas cheias de fome. Estão a consumir-me por dentro, as malvadas. Lembraram-se que não têm mais que fazer e, parece que decidiram nomear-me a vítima mais recente.
O pior é que descobriram como fazê-lo de forma a que eu ache que gosto de ser consumida. Trazem à tona uma parte criança refugiada dentro de mim, há já algum tempo. Algum...não sei bem quanto, não me lembro.
Só não sei se acho muita graça às lágrimas que me apetece soltar. Àquelas de alegria. De nervos. De tristeza e receios. De ansiedade constante.
Fazem-me andar mais sensível. Mais transparente. Mais desprotegida.
Acho que se calhar era disso que estava a precisar. De não ter medo ou vergonha de ser eu mesma. De ser eu em qualquer e todas as situações.
Acabem esse trabalho corretamente, suas marotas. Façam-no até à exaustão. De modo que, se correr mal, eu nem tenha forças para ripostar.
Pago-vos em transparência. Em amor.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Não quero. Não posso. Estou apaixonada e, isso, vai matar-me. Eu sei. 
A cabeça não quer, mas o coração não pára de saltar, feito louco. Sim, estou louca. De amores por ele. De tanto pensar no momento em que o vou voltar a ver, no momento em que lhe vou voltar a tocar, no momento em que o vou abraçar. Ele bagunçou-me por dentro. Ele. Só ele.
Só ele sabe como me irritar e como fazer para eu gostar. É uma espécie de feitiço. Feitiço de amor. Ou loucura. O que preferirem chamar. Não quero amar loucamente. E não quero amar, sem ser de forma louca. Não quero não ser amada de forma igual. De forma louca e desenfreada. Mas, quero-o. Quero o abraço dele. O cheiro dele. O sabor dele.
Quero que ele dê certo. Estou cansada de não dar. Estou cansada de amar de forma louca e de não ser amada loucamente. Quero a loucura recíproca que nos mata de amores! Mas, enquanto assim não for, não quero, não posso e não vou (ou, pelo menos, vou tentar não amar).
Aguardo-o. Sem paciência, sem querer esperar. Mas aguardo, esperançosa.