segunda-feira, 16 de julho de 2012

Erros que te roem de inveja. Erro e no fundo ainda tenho o direito de te fazer querer errar como eu. Faço os meus julgamentos sem que mos ditem. Faço o meu parecer sem que nada interfira. E sei quando tenho razão. E mesmo não a tendo, reconheço.
Tenho ciúmes. Sou chata. Falo pelos cotovelos. Falo alto quando me enervo. Falo alto quando me entusiasmo. Mas sei falar baixo, segredar-te ao ouvido o quanto sinto. Mas silencio-me, no decorrer da noite, nos momentos que precisas que sejam só teus. Mas sei compreender-te como ninguém, saber ver quando estás mal, estar lá a teu lado. Mas amo. Amo o teu jeito quando me és sincero. Amo o teu jeito quando sorris e me provocas. Amo o teu jeito quando ficas sem jeito!
Posso ser isso tudo e errar. Posso ser até criança muitas e muitas vezes. Posso até fazer-te cansar de mim. Mas não posso deixar de ser eu. Não deixo. 
Perderia o encanto de quando me conheceste. Perderia o carácter. Perderias o meu eu.
E tu? Achas que podes criticar quando te apetece. Sentes-te no direito de julgar quando queres. Mas o pior de tudo, mudas quando te lembras, não permaneces verdadeiro. Tão depressa me és querido, como és frio. Tão depressa és atencioso, como és distante. Tão depressa te lembras de ser meu, como já não ser a única que queres.
E não faz parte do meu ser, fingir ser o que não sou, fingir gostar quando não suporto, fingir fazer o que, no fundo, gostaria de ter coragem para fazer acontecer.

sábado, 14 de julho de 2012

Contradições do coração

E porque 'posso não ser perfeita, mas sempre fui verdadeira'...
Estou cansada. De dar. De perceber. De aceitar. De quebrar.
Tenho partido em cada pedacinho tão pequeno, tenho colado de forma tão minuciosa, tenho refeito de forma cada vez mais ínfima...
Tenho tentado dar tudo de mim, por gosto! E tento não me magoar, não sentir, não falar sequer. Mas dói. Dói entender-te, quando não me entendes. Dói dar-te, sem me valorizares. Dói aceitar, quando recusas esforçar-te.
Vou lutando por um nós', por uma felicidade aparentemente existente noutro mundo, apenas. Vou deixando que faças de mim gato-sapato. Vou deixando que penses que não percebo os teus pensamentos, as tuas atitudes. E magoa. Magoa muito não entenderes as minhas reacções por eu perceber o que tu não queres.
Sinto-me mais fria, mais impávida, mas não menos serena. Começo a fartar. A parar.
Vou parando de dar, de perceber, de aceitar; tentando parar de quebrar.