quarta-feira, 28 de abril de 2010

Preciso

de te abraçar, de ter alguém para amar.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Querido,

descontrolas-me.
E porque fico fora de mim, porque me sinto de luzes fundidas, porque me sinto apática. Branca, rosa, vermelha, azul e esverdeada. Amarela passando no pálida. Porque chamo-te querido ironicamente, claro! Porque me aborreceste a vida. Porque me entristeceste a alma. Porque não me recordo de ganhar nada contigo. Porque só me vejo nos maus momentos. Oh meu amor, acho que perdi tempo. Acho que perdi noção do meu mundo para conseguir olhar para o teu. Acho que a única coisa que obtive foi o arco-íris triste da alma. Completamente irónico...algo tão belo ser tão triste! Borboleta de asas cortadas. Piii...

domingo, 25 de abril de 2010

Sol + Namorado, se faz favor!


Hoje é o dia em que todo o mundo parece falar do bom tempo, das roupas de verão arrumadas no armário á espera de serem usadas, da vontade de ir para a praia. Não devo ser deste planeta. Até gosto (muito!) do verão, mas os dias como hoje aborrecem-me. Saí á rua e constatei que nada de novo tinha para fazer, nenhum sitio diferente para ir, ninguém diferente para tomar um café (ora ocupadas(os) bem longe, ora a namorar, ora sei lá a fazer o que quer que seja). Estou aborrecida. Ainda ontem choveu. E se não fosse a porcariazinha dessa chuva eu hoje tinha ido para a praia, tinha feito algo diferente (como já fiz este ano, uma vez!), com pessoas diferentes, com quem não costumo mas adoro estar, tinha-me distraído de forma mais alegre. Estas mudanças bruscas de tempo enervam-me, irritam-me e fazem-me chegar a uma única conclusão: Namorado precisa-se ("n" grande verifique-se)! Acho que me vou dedicar a colar cartazes para ver se alguém se candidata, ou juntar-me a um movimento qualquer relacionado. São nestes momentos que a saudade de dormir aconchegada por ele, de passear de mão dada, de receber um carinho (esquecendo as partes más, é claro), bate á porta! Quero um namorado decente, porra!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Vou deixar de ver


Novelas! Decidi agora mesmo. A vida já é demasiado difícil de entender para ter de levar com estes episódios, que me conseguem banhar em lágrimas. Não gosto. Não quero mais. Acho que me vou lembrar muito de fazer zapping. E não vai ser por desporto.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Algures, a vida vai-me encontrar.

Algures, algures na vida já fui assim. Deparei-me hoje com a inocência que já tive, com a pureza que quero voltar a ter. Olhos regalados, os mesmos que mostram atenção e interesse em palavras soltas por uma voz mais adulta. Olhos negros, bem abertos, que mostram que aquela carinha de menina é sincera, menina que começa desde já a ouvir e a formar as suas próprias opiniões. Ouvi. Hoje fui eu a ouvir atenciosamente cada palavra daquela menina e a olhar cuidadosamente para cada gesto seu. Sentada ao lado daquele senhor que lhe explicava onde eram os sítios dos quais falavam, ela retribuía e questionava para ficar certa do que o senhor lhe dizia. Testa franzida, meio desconfiada, mas com um ar confiante. Tirei as minhas conclusões ao analisá-la, assim como ela as delas ao analisar cada palavra dita pelo senhor que a acompanhava no banco de autocarro. Acho que nunca gostei tanto de andar de transportes públicos, nem de estar no meio das pessoas que mal sabem falar correctamente, nem pronunciar com dicção. São as mais sábias e as que transmitem mais conhecimento a meninas pequeninas e puras (como eu própria já fui). Quero voltar para a minha aldeiazinha e tirar partido daquela pequena multidão que toda se conhece, que tudo sabem, que toda a atenção me davam por me quererem ensinar o que é a vida. Quero-as, quero as couves, ervilhas, favas e batatas, quero correr no pinhal, quero sujar-me com enxadas e sacholas na horta, quero os meus avós, quero a minha vida inocente e bela de volta. Mas quero também continuar a conhecer todo o tipo de pessoas, cada uma mais diferente da outra. Como o senhor que me acompanha constantemente nas minhas viagens no banco do autocarro: um louco que chega sempre á conclusão, no fim de cada conversa que temos, que este mundo é de loucos, está para os loucos. Apoiado. Esperançada que algures encontre o fim do meu arco-íris e tranquilize no meio de sonhos e de pureza (sem loucos, de preferência).

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ser vida!

E porque sinto maior necessidade de me expressar quando estou mal, quando estou triste. Porque me dá a parecer que quando preciso as pessoas em meu redor estão menos disponíveis, menos predispostas a ouvir. Refugio-me nas únicas formas que tenho. Penso nas palavras que escrevo enquanto ponho de lado os momentos que tenho medo de viver. Momentos que me fazem temer a vida. Momentos esses que fazem doer pela possibilidade remota de me fazerem vir a sofrer. Coração em botão de rosa que se abre e derrama pétalas no teu colo. Lágrimas cristalizadas que me petrificam os olhos e provocam sensações de solidez física, solidez da alma. Precisava desse teu calor. Mas o medo congela-me e não avanço. Tu não avanças. E fico quieta. Não toco, não falo, não mudo nada que não se relacione a mim, somente a mim sem mais ninguém envolvido. Porque as pessoas fazem sofrer. Porque a vida é feita dessas pessoas. E pronto. Quero fugir para a minha estrela, para a minha ilha deserta onde nada me venha á memória e nada me faça cair redonda no chão. Apenas luz, assim como o girassol se encontra para o sol. Luz. Vida. Despreocupação.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Estonteada

é o adjectivo que melhor se adequa a mim. Tenho medo de voltar a amarrar-me. Tenho medo de voltar a ser posta de parte, a favor de qualquer preconceito ou acontecimento passado algum. Tenho medo de me aproximar. Tenho medo de gostar demasiado. Tenho medo de ganhar para depois perder dolorosamente. Tenho medo de ti. Tenho medo de estar ao teu lado e sentir o teu toque, o teu mimo, a tua delicadeza, a tua respiração no meu ouvido. Medos inúteis que são esquecidos quando a estupidez sentimental fala mais alto. Viagem de sentimentos estonteantes que andam como se tivessem numa montanha russa. Tenho muito medo. Não quero amar. Não quero conhecer ninguém que me faça sentir que o coração sai pela boca, que as borboletas andam no estômago fora de órbitra. Não quero. Porque tenho medo. Não me faças agarrar-me. Não te afeiçoes a mim. Não me dês motivos para sorrir. Tenho medo das lágrimas que se seguem e não as quero.


Não me dês a volta à cabeça.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Porquê?

Pergunta conquistada. Pergunta que mais me paira na cabeça, até mesmo na alma, no último mês. Preciso, precisava tanto de ti, de não te recordar, de te sentir, de não te ver mais, de não ter imagens tuas, nossas a invadir a minha mente, de te tocar, de não sentir o que me fazes sentir tão bem, tão mal. Quero, queria tanto que me compreendesses, de te compreender, que não me fizesses juras de amor, não as recordar, esquecer-te para sempre, ou até me lembrares. Fecho a minha porta, e lá estás tu á minha espera, vou dar um passeio á rua, e lá estás tu a seguir-me persistentemente sem te cansares. Vá onde vá, esteja com quem quer que seja, faça o que fizer, diga o que disser, lá estás tu no meu caminho, como uma pedra no sapato, que magoa, que faz doer a cada passo a mais que vou dando, que perturba e me deixa inquieta, que me faz parar e mudar o ritmo da minha vida. Porquê? Porque insistes em ser o baloiço que me faz ficar zonza, que me faz sonhar tão alto e cair tão depressa de novo á terra? Porque insistes em ser a minha pedra no sapato? Porque insistes em ser a única corda que tenho por onde descer e que, ainda assim, quebra? Porque não sais do meu caminho, da minha vida, para não mais te recordar? Porque me fazes ter, em permanência, borboletas no estômago? Porque é que não me retribuis, já que insistes em não me deixar partir para outra? Porquê?
Vai embora meu bem, vai. Mas não decidas voltar quando caíres no esquecimento da minha alma.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Por me sentir bem a escrever

Estou aqui, sentada em frente ao portátil. Tenho outras coisas para fazer, bem mais importantes, mas não tenho vontade de as fazer. Ainda parece que sinto a tua mão na minha cara, aquelas caricias que só tu me fazes tão bem, aquelas horas a fio que só eu sei o quanto me fazem bem. Tenho a cabeça num nó, tenho a alma feita num oito, tenho o coração dividido em pedaços de mil e uma cores que, de serem tantas e tantas, não se distinguem umas das outras. Não sinto o que devia sentir. Não estou de acordo com os tão perfeitos momentos que passei, que me fizeste passar. Sinto-me deveras inconstantemente confusa. Ora confusa por um dado motivo, ora por outro. Acho que me ando a tentar refugiar no beco sem saída, a tentar fazer de ti o substituto do insubstituível. Sinto-me bem, mas triste. Sinto-me como se fosse uma garrafa de vidro com bilhete á tona no meio do Pacifico. Sinto-me enganada a enganar alguém, a enganar-me a mim própria. Sinto-me como se dois pólos tivesse. Vou dedicar-me ao narcisismo. Vou dedicar-me ás minhas asas de borboleta...a ver se consigo ir mais longe!

terça-feira, 6 de abril de 2010

O dito vazio!

Objectivos e ilusões sonhadas que aspiro alcançar. Que temo não conseguir chegar. Temo desistir sem ter forças para continuar. Tenho medo da vida. Dou por mim com os olhos a escorrer, pensando no passado. Penso no futuro. Tenho medo que não seja melhor. Não sei se quero saber o que vou ter. Pior. Tenho medo do que posso não ter. Queria tanto encontrá-lo rapidamente. Quero tanto tê-lo do meu lado. Quero a minha perfeição imperfeita comigo. Quero tanto.
Quero o teu toque na minha tez. Quero os teus dedos entrelaçados com os meus, novamente. Quero ouvir a tua voz no meu ouvido, como só tu sabes fazer. Quero sentir o bater do teu coração junto ao meu. Quero respirar e sentir que tenho o mesmo ritmo que tu. Queria-te de maneira diferente. Queria ter o que prometeste dar de ti.
Queria tanta coisa. Queria tanto.
Deixo correr. Deixo o tempo passar. Espero as bonanças que o mar possa trazer.