terça-feira, 2 de agosto de 2016

Sangue quente, desejos ferverosos, atitudes pensadas que parecem não o ser.
Cansada de ter um turbilhão a pairar em mim. Cansada dos joguinhos da mente e do sentimento. Cansada.

Cansada destas marés de negações. Cansada destas água turvas. Cansada de querer estar á tona e não conseguir. Cansada.

Apenas isso: cansaço.

Queria ar puro para respirar. Queria que estas marés levassem tudo o que quisessem, por mim. Queria não ter de tomar decisões. Queria. E quero.

Quero ser eu e não ter de fingir nada. Quero perder a cabeça e dar voz ao coração. Quero, acima de tudo, que ambos estejam em sintonia: esta cabeça de ar pouco próprio e este coração de marés turvas.

Quero, mas estou cansada. Cansada para querer seja o que for. Cansada destas contradições sem lógicas nem porquês.

Deixar-me levar. Esperar que o tempo traga respostas e descanso para tudo o que me vai na alma. Esperar.