terça-feira, 20 de abril de 2010

Ser vida!

E porque sinto maior necessidade de me expressar quando estou mal, quando estou triste. Porque me dá a parecer que quando preciso as pessoas em meu redor estão menos disponíveis, menos predispostas a ouvir. Refugio-me nas únicas formas que tenho. Penso nas palavras que escrevo enquanto ponho de lado os momentos que tenho medo de viver. Momentos que me fazem temer a vida. Momentos esses que fazem doer pela possibilidade remota de me fazerem vir a sofrer. Coração em botão de rosa que se abre e derrama pétalas no teu colo. Lágrimas cristalizadas que me petrificam os olhos e provocam sensações de solidez física, solidez da alma. Precisava desse teu calor. Mas o medo congela-me e não avanço. Tu não avanças. E fico quieta. Não toco, não falo, não mudo nada que não se relacione a mim, somente a mim sem mais ninguém envolvido. Porque as pessoas fazem sofrer. Porque a vida é feita dessas pessoas. E pronto. Quero fugir para a minha estrela, para a minha ilha deserta onde nada me venha á memória e nada me faça cair redonda no chão. Apenas luz, assim como o girassol se encontra para o sol. Luz. Vida. Despreocupação.

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