sexta-feira, 16 de abril de 2010

Porquê?

Pergunta conquistada. Pergunta que mais me paira na cabeça, até mesmo na alma, no último mês. Preciso, precisava tanto de ti, de não te recordar, de te sentir, de não te ver mais, de não ter imagens tuas, nossas a invadir a minha mente, de te tocar, de não sentir o que me fazes sentir tão bem, tão mal. Quero, queria tanto que me compreendesses, de te compreender, que não me fizesses juras de amor, não as recordar, esquecer-te para sempre, ou até me lembrares. Fecho a minha porta, e lá estás tu á minha espera, vou dar um passeio á rua, e lá estás tu a seguir-me persistentemente sem te cansares. Vá onde vá, esteja com quem quer que seja, faça o que fizer, diga o que disser, lá estás tu no meu caminho, como uma pedra no sapato, que magoa, que faz doer a cada passo a mais que vou dando, que perturba e me deixa inquieta, que me faz parar e mudar o ritmo da minha vida. Porquê? Porque insistes em ser o baloiço que me faz ficar zonza, que me faz sonhar tão alto e cair tão depressa de novo á terra? Porque insistes em ser a minha pedra no sapato? Porque insistes em ser a única corda que tenho por onde descer e que, ainda assim, quebra? Porque não sais do meu caminho, da minha vida, para não mais te recordar? Porque me fazes ter, em permanência, borboletas no estômago? Porque é que não me retribuis, já que insistes em não me deixar partir para outra? Porquê?
Vai embora meu bem, vai. Mas não decidas voltar quando caíres no esquecimento da minha alma.

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