segunda-feira, 19 de abril de 2010

Estonteada

é o adjectivo que melhor se adequa a mim. Tenho medo de voltar a amarrar-me. Tenho medo de voltar a ser posta de parte, a favor de qualquer preconceito ou acontecimento passado algum. Tenho medo de me aproximar. Tenho medo de gostar demasiado. Tenho medo de ganhar para depois perder dolorosamente. Tenho medo de ti. Tenho medo de estar ao teu lado e sentir o teu toque, o teu mimo, a tua delicadeza, a tua respiração no meu ouvido. Medos inúteis que são esquecidos quando a estupidez sentimental fala mais alto. Viagem de sentimentos estonteantes que andam como se tivessem numa montanha russa. Tenho muito medo. Não quero amar. Não quero conhecer ninguém que me faça sentir que o coração sai pela boca, que as borboletas andam no estômago fora de órbitra. Não quero. Porque tenho medo. Não me faças agarrar-me. Não te afeiçoes a mim. Não me dês motivos para sorrir. Tenho medo das lágrimas que se seguem e não as quero.


Não me dês a volta à cabeça.

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