domingo, 17 de janeiro de 2010

Por favor, borboleta!

Voa Borboleta...vem trazer-me boas novas da vida, dos caminhos que tenho seguido persistentemente. Voa e diz-me que vale o esforço de lutar contra a maré.
Estou cansada, estafada, irritada com a vida. Tanto suor, tanta garra desvanecida nos acontecimentos recentes dos dias e noites que magoam permanentemente. Tentativa de me manter ocupada sem pensar em ninguém, sem, sequer, pensar em mim. Esquecer tudo o que é mau. Encher o corpo de cansaço e deixar de sentir com o coração. Manter a cabeça cheia de ideias e trabalho e não pensar em quem não devo, no que não devo. Diz-me que voltas e ficas comigo. Diz-me, borboleta, que cuidas de mim, que me proteges nas tuas asas cheias de cores, de alegria. Voa, vai buscar boas novas, mas promete que voltas rápido, que ficas por perto para me continuar a encher a cabeça de ideias mais alegres do que as que tenho tido, a encher-me o corpo de cansaço de muito rir e sorrir para a vida. Vai e traz-me, de novo, a serenidade que me tem fugido aos poucos. Convence-a a não voltar a partir, a ficar no meu eterno ser. Vai e volta dizendo-me quem sou, o que sou, o que consigo ser. Só eu sei o desconhecido que me tem invadido. Só eu sei a profundidade da dor, da desvalorização destes dias sombrios. Vem e apaga a tristeza de mim, ou então vem e leva-me contigo para um lugar melhor, um lugar de cores vivas, de magias boas, de fadas madrinhas e sem bruxas más.
Digo-te, borboleta, preciso de me voltar a encontrar no meu ser. Preciso de ser como tu, abrir asas e olhar no horizonte, encontrar sempre novos desafios, novos sonhos aquando os meus se têm desmoronado.



Vai Borboleta e traz-me a poção da metamorfose!

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