sábado, 27 de fevereiro de 2010

Porra!

Eu também sou gente. Eu também penso por mim. Eu também tenho sonhos e projectos. Eu também luto pelos meus ideais. Eu também sinto cá dentro.
Não é justo tanto gozo para comigo. Não é justo ter de aprender que não se pode confiar nas pessoas. Não é justo sentir-me olhada de lado quando não cometi crime de espécime alguma.
Estou farta de dar á puta da vida oportunidades que magoam. Devo mesmo gostar de sofrer.
Porra!
Acho que vou enfiar os dedos pela garganta e arrancar do peito estas mágoas que pesam cada vez mais. Têm-se enrolado ao tempo e tido um efeito bola de neve que me deixam sem respirar algumas vezes, ultimamente. Efeito que se apressa em atravessar-se lá para os lados da laringe e que me dá um nó no estômago.
Quando tiver uma mão suficientemente grande, então, vou tirar a porra da bola de neve lá de dentro sem lhe dar hipótese de se esconder em algum canto mais remoto. De seguida, vou atirá-la ao rio para que vá parar bem longe de mim.
Espero, muito ansiosamente, não ir agarrada á peganhenta da bola que se tem agarrado a mim, como que se tivesse medo, ela mesma, de me perder.

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