quarta-feira, 26 de maio de 2010

Mantendo-me viva!

Veia lírica que não lê pensamentos, que não sabe o que pensas, que apenas deita cá para fora o que sinto, em palavras. Mostra os meus mais recônditos sorrisos sem graça, os meus olhares que vão decorando movimentos, o aceleramento do meu coração. Palpitações indecifráveis para qualquer outro alguém que não eu. Palavras que se soltam quando já não consigo dormir, quando me junto a mistos de prazer e mágoas da vida, quando me apetece rir, chorar ou gritar. Palavras que te vão substituindo enquanto não chegas. Letras digitadas ao ritmo das minhas pulsações, letras que mostram que ainda estou viva, mesmo quando as forças são mínimas. Letras que me seguram quando quero fugir. Agarrada a um nada para muitos e a um muito que é muito e apenas meu. Um muito que ninguém me pode tirar, um muito que leva os meus tormentos para longe e me mantém cá!

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