segunda-feira, 13 de junho de 2011

Meu querido Peter,
Vem buscar-me. Vem a meio da noite invadir o meu quarto, entrar pela minha janela. Pega na minha mão e faz-me voar, faz-me sonhar. Prometo não mais a largar, não mais desacreditar em ti. Leva-me, vamos juntos até à ilha de sonhos e fantasias, aquela no meio do nada, aquela que para muitos descrentes é fictícia, Neverland.
Vamos, ficamos por lá. Quero ir, sem dia para voltar. Prometo não te pedir nada que não me dês aos olhos de muitos. Já me dás tudo o que tens. Vamos ser crianças por mais um dia. Deixa-me ser uma Menina Perdida. Dou-te a minha palavra de tentar deixar os meus pensamentos libertarem-se, de ser livre de corpo e alma. Quero ficar coberta do pó mágico, daquela luz imensamente brilhante, de fé e confiança.
Vem. Resgata-me da prisão onde me encontro, cheia de capitães Ganchos, de polvos gigantes que me forçam a desesperar, de alforrecas venenosas que me sujam a alma. Quero pertencer á Terra do Nunca. Quero poder dar tudo de mim, como ela me deu em tempos. Está na altura de retribuir.
Não me deixes. Peço-te.
Tua,
Wendy

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