sábado, 4 de junho de 2011

Vou conjugar todos os verbos que conheço. Vou repartir cada pedaço de cada pessoa que amo. Vou violar as regras de sociedade que me incomodam. Vou ser eu mesma sem me chatear tanto com tanta gente. Vou agradar-me mais a mim, ao invés de tentar agradar a outros. Vou ser feliz por mim e orgulhar-me dos meus feitos.
Quero lá saber do que pensam (já quis muito, muito mais!), quero lá saber do que vão dizer. Quero-te a ti, a um 'tu' que lute por mim, que me queira da maneira que sou, que não deixe de me (re)conquistar a cada dia que vai passando. Quero todas as pessoas que amo, na minha vida. Quero-as da maneira que são, sem interesses, sem quaisquer intenções. Porque estou aqui para ouvir, partilhar alegrias e tristezas (esperando que as primeiras sejam mais), para cuidar.
E não espero retribuições do que faço, apenas que continuem a pertencer-me. Alma de possessividade. Talvez. Sou assim, possessiva do que é meu, do que faço por cuidar cada dia que passo. Ás vezes é difícil, sim, ás vezes, não nego. Mas dou tudo de mim, tudo o que posso dar.
Não quero vidas duplas, vidas complicadas cheias de encontros e desencontros, cheias de desculpas esfarrapadas para aqui e para ali. E quero transparência, fidelidade, lealdade. Sem desculpas, sem merdas, sem mentiras, omissões, seja o que for. Porque sempre me mostrei compreensiva. Sempre fiz por isso. Porque até posso amuar várias, muitas vezes mesmo. Mas acabo por meter a cabeça em silêncio, enfiada em cocktails de pensamentos. Acabo por dar razão no que tenho de dar. Porque faço por ser justa. Sempre fiz.
Só quero poder falar do que me apetecer, do que me vier á cabeça. Quero fazê-lo e não sentir abstinências em ti no mesmo. Quero ser livre de pensar, de falar, de ouvir. Tento não julgar, nem censurar. Tento mesmo.
Chega de jogos, de palermices, de tolas ideias que me põem a cabeça em águas de bacalhau.
Porque há que falar português. Há que falar, seja. Há que dizer o que se quer, quando se quer, sem ter receios dos futuros possíveis julgamentos. Já me mato demais a censurar-me a mim própria.

C o n f i a n ç a

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