sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Meu Querido

Pai,
Gostava que me tivesses visto há uns aninhos atrás, naquele meu momento de mais curiosidade, em que espreitei cá para fora, para o mundo só para te sorrir, para te dizer, amo-te...!
Gostava que (bem cá no fundo!) tivesses comigo hoje, me dissesses que me amas, que sou tua, que me abraçasses e enxugasses as minhas lágrimas num abraço forte de pai.
Quem me dera poder ver um sorriso sincero, ouvir a tua voz...quem me dera que me lembrasses como te lembro a ti! Ficaria hoje completa pelas pessoas que amo...mas faltas tu!
Falta a tua presença, nem que seja no pensamento.
E tento recordar bons momentos, mas é triste...não vejo muitos, não me lembro de sorrisos para mim, não me lembro de uma infância em que existisses.
Já tentei recuperar esse tempo, mas não deixas. Impossibilitas que fique completa, não deixas criar uma ligação de pai e filha.
Amargura que me atormenta nestes dias únicos da vida, nostalgia que me invade o peito, que me torna mais dura e fria!
Ainda assim, nestas nuvens que pinto de rosa, mas que continuam ásperas, te digo meu querido e amado pai,
Amo-te daquela maneira que conheço, daquela maneira que construi sem ti!

Feliz Aniversário oculto há sete aninhos...ainda assim cá te espero!

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